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quarta-feira, novembro 13, 2024

Evangélicos repudiam declarações do médico Thor Dantas sobre segunda onda da pandemia

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A comunidade evangélica não gostou da ideia de ter que fechar as igrejas novamente, devido o aumento dos casos de Covid-19. A declaração do médico infectologista Thor Dantas de que a reabertura das igrejas, bares e restaurantes têm contribuído para chegada de uma segunda onda de contaminação no Acre, foi repudia em nota pelo coletivo religioso.

Em nota, a Liga das Igrejas Evangélicas do Acre afirma que não há nenhuma comprovação científica de que o aumento dos casos está relacionada as celebrações nas igrejas, classificando a declaração do médico como “achismo”.

A Liga lembra ainda que as igrejas voltaram a ter atividades presenciais no início de agosto e que nas semanas seguintes não houve registro de aumento.

Leia a nota na íntegra:

Nota de repúdio

A Liga das Igrejas Evangélicas do Acre (Liga Somos Um), vem expressar, publicamente, seu repúdio às declarações do médico infectologista Dr. Thor Dantas, por meio de publicação em sua rede social, no último dia 16, ao comentar uma publicação da revista Inglesa Nature, colocando as igrejas com um dos principais responsáveis pelo aumento no número de casos de contaminação pelo novo Coronavírus em nosso Estado.

Com todo o respeito que temos pelo conceituado profissional, não podemos nos calar diante de uma declaração grave, emitida em cima de “achismos”, sem nenhum tipo de comprovação científica, e contrária a tudo que os fatos e os dados demonstraram, desde a abertura das igrejas.

As igrejas, desde que a retomada de eventos presenciais foi autorizada, em agosto passado, têm tomado todos os cuidados sanitários recomendados, respeitando a distância estabelecida como segura, assim como a aferição da temperatura corporal, o uso de álcool em gel, e de máscaras durante todas as celebrações.

Um dado que tranquiliza todos os pastores e a comunidade evangélica acreana, é o de que desde a abertura dos templos, os números da Covid-19 não cresceram.

Ao contrário, em setembro, mais de um mês após a volta dos cultos presenciais, os casos de contaminação haviam diminuído consideravelmente.

No mês outubro, três meses após o retorno das igrejas, a média diária de contaminação, de acordo com os dados divulgados pelo próprio Comitê de Acompanhamento Especial da Covid-19, foi um dos menores desde o início da pandemia.

Se as igrejas são esse ambiente tão propício à contaminação, porque os casos não aumentaram 15 dias após a abertura dos templos?

Se as igrejas não fossem tão importantes e necessárias, à saúde social, física, mental e espiritual, bem como na conscientização da sociedade, que hoje representa 40% da população de nosso Estado, porquê os números caíram, quando as igrejas abriram?

Diante de tudo isso, REPUDIAMOS, qualquer tentativa, injusta, e que contraria todos os fatos e evidências, de colocar o aumento da Covid-19 no Acre na conta de quem, além de não ter responsabilidade nenhuma com isso, ainda ajudou na redução dos casos, sendo um canal importantíssimo de conscientização da sociedade, quanto à obediência às medidas sanitárias, uso de máscaras e de distanciamento social.

Por fim, nos solidarizamos com todos que perderam seus entes queridos, seguiremos comprometidos com as medidas sanitárias, e nos colocamos à disposição das autoridades, para construirmos juntos canais de diálogo que possam contribuir para o enfrentamento da pandemia.

Que Deus abençoe a todos.

Rio Branco-Acre, 18 de novembro de 2020
Liga das Igrejas Evangélicas do Acre

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