Passados cinco meses da pandemia do novo coronavírus no Acre, o Complexo Regulador da Secretaria de Estado de Saúde do Acre (Sesacre) retorna com 70% do serviço de cirurgias eletivas, que são aquelas que podem aguardar, pois o paciente não corre risco de morte. Logo no início da epidemia no estado, apenas procedimentos de cardiologia, traumatologia e oncologia, considerados essenciais, estavam sendo realizados.
Aos poucos, o Complexo foi se adaptando ao “novo normal”, buscando estratégias para que os serviços retornassem garantindo segurança ao paciente. Dessa maneira, alguns meses após os primeiros casos de Covid-19, tiveram início as cirurgias na área de ginecologia, mas com algumas restrições.
“Vimos que poderíamos retornar com a ginecologia e, para que isso acontecesse, criamos um termo que o paciente assina, afirmando que mesmo com a Covid-19 quer realizar a cirurgia”, explicou a secretária adjunta de Assistência à Saúde, Paula Mariano.
Além da assinatura do termo, a secretária destaca que a equipe que cuida dos agendamentos das cirurgias entrou em contato apenas com pacientes que não estivessem no grupo de risco para a Covid-19: “Foram contatadas apenas pacientes com menos de 40 anos que não possuíam comorbidades e, também, de acordo com a gravidade do caso”, explicou.
A estratégia utilizada garantiu vazão também à fila da oncologia, que trata os pacientes com câncer, atendendo principalmente mulheres que precisam realizar cirurgias de mastologia, ou seja, de retirada de tumores da mama. “Hoje na mastologia o paciente espera apenas cerca de 15 dias, que é o tempo necessário para a realização e resultado dos exames antes da cirurgia”, relatou Paula Mariano.
Nas próximas semanas, as cirurgias na área na área de otorrinolaringologia também devem retornar, tendo em vista que a equipe do Complexo já está em contato com as unidades que realizam o serviço.