O presidente Bolsonaro e o ministro da economia, Paulo Guedes, se reuniram na noite desta segunda-feira para tratar de diversos temas referentes as contas públicas. Uma das pautas principais da reunião é tocante a prorrogação do auxílio emergencial. Políticos influentes do planalto atestam ser possível conceder mais três parcelas no valor de R$ 600. Porém, Bolsonaro não acredita ser possível a manutenção do valor. Já o ministro Paulo Guedes alertou que há R$ 12 bilhões do fundo do Bolsa Família, que poderiam ser utilizados como parte do recurso.
Prioridade
A prioridade do governo de Jair Bolsonaro neste segundo semestre não são as reformas tributária nem administrativa, mas aprovar no Congresso Nacional a prorrogação do auxílio emergencial e a criação do programa social Renda Brasil. O Palácio do Planalto já orientou alguns líderes a começar as negociações neste sentido.
Segundo um assessor presidencial, isso não significa que o governo não tenha interesse em aprovar a reforma tributária, pelo contrário.
Porém, esse assessor destaca que o enfrentamento da pandemia do novo coronavírus demanda manter uma proteção social às faixas mais vulneráveis da população nos próximos meses.
Além disso, há o componente político. O auxílio emergencial aumentou a aprovação de Bolsonaro, principalmente na região Nordeste, onde ele perdeu na eleição presidencial de 2018.
Ou seja, a manutenção do benefício neste ano e a sua incorporação pelo Renda Brasil são estratégicos para a campanha da reeleição de Bolsonaro.