A Virgin Galactic e a Rolls-Royce anunciaram uma parceria para desenvolver um novo avião comercial supersônico capaz de superar em três vezes a velocidade do som, o equivalente a cerca de 3.700 km/h. É cerca de quatro vezes mais rápido do que os aviões comerciais atuais.
A viagem entre São Paulo e Miami (EUA) poderia ser reduzida das atuais sete horas e quatro minutos de voo feitas com o Boeing 777 da Latam para cerca de uma hora e 45 minutos a bordo do futuro supersônico da Virgin Galactic.
Viagens entre Nova York (EUA) e Londres (Reino Unido) seriam feitas em apenas uma hora e meia – o trajeto entre as duas cidades é de 5.670 quilômetros. Com o Boeing 787 da United Airlines, por exemplo, a duração média do voo é de seis horas.
A viagem supersônica seria, no entanto, para pouquíssimos felizardos. A especificação do novo avião prevê que ele terá capacidade para apenas entre nove e 19 passageiros, dependendo da configuração da cabine.
O supersônico poderá ter, por exemplo, apenas assentos de executiva ou primeira classe. Com essa limitação, é fácil prever que o preço das passagens deverá ser bem mais alto do que o cobrado nos jatos tradicionais, com capacidade para mais de 300 passageiros.
Experiência única para o passageiro
A visão da janela deverá ser outro diferencial para quem tiver a oportunidade de viajar no supersônico. O projeto da Virgin Galactic está sendo pensado para atingir uma altitude de 60 mil pés (18,3 quilômetros) acima do nível do mar. Nessa altitude, já é possível ver até mesmo a curvatura da Terra. Vai dar até para tirar uma foto e provar que a Terra não é plana.
Segundo o comunicado emitido pela Virgin Galactic, o novo avião tem como filosofia tornar as viagens de alta velocidade práticas, sustentáveis, seguras e confiáveis, além de tornar a experiência do cliente uma prioridade.
“A Virgin Galactic está projetando a aeronave para uma variedade de cenários operacionais, incluindo serviços para passageiros em rotas de aviação comercial de longa distância. A aeronave decolaria e aterrissaria como qualquer outra aeronave de passageiros e espera-se que se integre à infraestrutura aeroportuária e no espaço aéreo internacional existentes em todo o mundo”, afirmou.
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