“A gente também estava sem se ver e decidiu ir. Fiquei no cantinho para registrar. Foi bem rápido, mas bem emocionante”, destacou.
Outro momento singular para Bruna foi quando a filha de 5 anos aprendeu a ler na pandemia. A criança aparece em um dos cliques estudando em uma sala de aula improvisada enquanto as roupas secam em um varal montado no mesmo cômodo.
“Também estou sendo professora na pandemia. Meu esposo é médico, está trabalhando, não nos contaminamos e nos cuidamos. Minha filha começou a ler na pandemia, ela já sabia algumas letras, mas teve aquele ‘estalo’ de quando a criança começa a entender a palavra. Foi uma festa. Ela estudava em uma escola integral e, possivelmente, eu não estaria nesse momento”, contou.
Cada profissional selecionou três fotos para a galeria. Nattércia Damasceno diz que a ideia surgiu na segunda-feira (17). O grupo discutiu o nome, escolheu as fotos e, na quarta, a exposição virtual foi lançada.
“Cada uma tem uma atuação paralela, nem todas são acreanas, mas atuam no Acre com fotografias sociais, documental, temos um grupo no WhatsApp e com a proximidade da data do Dia Mundial da Fotografia decidimos fazer algo dentro das nossas possibilidades em meio a uma pandemia”, revelou.
Para Nattércia, a iniciativa significou muito mais do que um projeto para o Dia Mundial da Fotografia, mas serviu também como ânimo para produzir sobre esse momento de incertezas.
“A minha relação foi diferente porque não tinha conseguido fotografar até então. Tem colega que começou a registrar a pandemia desde o início como um diário mesmo. Quando surgiu a ideia foi uma espécie de ânimo e gás. Sempre nessa data a gente faz alguma ação, cada uma separada ou em coletivo, fazíamos alguma discussão para celebrar a fotografia, mas este ano a única forma de marcar essa data seria com registros do momento”, finalizou.
Por Aline Nascimento, G1 Acre — Rio Branco