O coordenador da Central de Polícia Judiciária também alegou que, particularmente, acredita que o objeto não tenha passado por perícia no ano em que foi apreendido.
“Ele já estava todo arrebentado. Se recebo uma ocorrência de um cofre, eu vou tentar encontrar a ocorrência original que pertence a um furto ou roubo, mas se eu não localizar, ele vai ficando. Eu já cuidei de casos que só faltou colocar o cofre na viatura e entregar na casa da pessoa, porque ela não vem buscar. A gente precisa limpar aos poucos os objetos apreendidos, porque é muita coisa”.
Em junho deste ano, a Associação foi atingida por um incêndio que destruiu grande parte do galpão e equipamentos usados diariamente pelos catadores. Não houve registro de vítimas.
Um inquérito foi instaurado para investigar o caso. Menos de um mês depois, um laudo apontou que o incêndio foi provocado de forma criminosa.
Segundo a Polícia Civil, os peritos identificaram três focos diferentes, que não estavam interligados. O suspeito de cometer o crime ainda não foi localizado.
Por conta do ocorrido, a associada Alexandra Campos Alves, que trabalha na secretaria, contou que os catadores estão exercendo suas funções de forma improvisada.
“A produção não parou. O incêndio atingiu mais a parte de cima, onde ficavam a biblioteca, refeitório e cozinha. Estamos recebendo bastante ajuda, porque o pessoal se sensibilizou”.
Alexandra explicou que a Associação está precisando de dinheiro para consertar as máquinas que foram danificadas pelas chamas. O custo para arrumá-las é alto.
“Estamos passando por um momento complicado. Todos recebem pouco dinheiro. Lutamos muito. A quantia encontrada no cofre ajudaria demais, mas não era nossa. Ligamos para a Polícia Civil e devolvemos”.
Os R$ 36 mil vão ficar guardados em juízo. Existem detalhes na lei que permitem, ao fim da investigação, que a quantia possa ser encaminhada aos cooperados que encontraram o valor.
Fonte: G1.