A tradicional feira agropecuária do Acre, a Expoacre, que ocorre anualmente na segunda quinzena de julho ainda não está confirmada para ocorrer este ano por conta da pandemia do novo coronavírus.
Mas, segundo a secretária Estadual de Empreendedorismo e Turismo, Eliane Sinhasique o governo estuda a possibilidade de o evento ocorrer de forma virtual. A ideia ainda é nova e ainda precisa ser amadurecida, segunda ela.
O evento é o maior no campo do agronegócio no estado. No ano passado, durante nove noite, a Expoacre movimentou mais R$ 74 milhões de atraiu mais de 200 mil pessoas.
“O secretário de Produção e Agronegócio lançou uma ideia de fazer a Expoacre virtual, mas não sei se isso funcionaria. Está sendo estudado onde estão fazendo e de que forma estão fazendo, junto com a Secom, porque depende de uma plataforma específica para isso, depende de uma série de coisas”, disse a secretária.
Eliane afirmou que é preciso ainda levar em consideração que os produtores rurais, principal foco da feira, talvez não tenho acesso à internet em suas colônias e seriam prejudicados.
“No virtual funcionaria mais ou menos assim, as palestras seriam virtuais e os comerciantes que estão ligados ao agronegócio fariam a veiculação dos seus comerciais. Por enquanto a gente está tentando ver se há viabilidade, não é uma coisa que dá para dizer que dá realmente para fazer, porque depende de toda uma estrutura tecnológica para isso”, afirmou.
Outra dificuldade para a realização da feira de forma virtual, de acordo com a secretária, é que já teria que estar pronto um calendário de palestras. No entanto, devido à pandemia, esse trabalho não foi feito de forma antecipada como em todos os anos.
“Hoje a preocupação do governador é com a diminuição do número de casos e com a saúde. Nem está confirmado ou cancelado, tudo depende dos casos de coronavírus no estado”, pontuou.
Para realização do evento como é feito, de forma presencial, Eliane disse que é preciso que, pelo menos, o estado esteja no estágio verde, fazendo referência ao o plano “Convivo sem Covid” apresentado pelo governo para retomada gradual das atividades.
“O que a gente precisa é que o estado esteja na faixa verde e, mesmo assim, ainda tem que haver um certo distanciamento social. Se for presencial, como sempre foi feito, tem a questão dos shows, rodeios e, será que isso não vai fazer o vírus voltar a circular? Então, é muito detalhe que não dá para a gente correr o risco, só podemos fazer um negócio desse quando tiver segurança”, declarou.
Além disso, segundo ela, talvez os empresários e até mesmo a população não estejam em condições de investir e participar desse tipo de evento que naturalmente gera aglomerações.
“Qual empresário local que teria caixa para trazer uma atração musical para cá? Será que a população estaria disposta a ir se aglomerar e pagar para ver um show? Tem muita coisa em jogo e o governo não vai pagar show, porque não tem condições. E fazer uma exposição sem atrativos não vai funcionar”, finalizou Eliane.