Com o objetivo de identificar o pagamento indevido do auxílio emergencial a servidores públicos no Acre, o Tribunal de Contas do Estado (TCE) e Controladoria Geral da União (CGU) fazem um trabalho conjunto para identificar possíveis irregularidades.
O auxílio emergencial de R$ 600 é pago pelo governo federal a informais, desempregados e famílias mais afetadas economicamente pela pandemia do novo coronavírus.
A assessoria de comunicação do TCE informou que o levantamento começou a ser feito no dia 26 de maio e que já foi concluído. No último dia 16, os dados foram repassados à CGU que deve fazer o cruzamento dos dados e só então os números vão ser divulgados.
Ainda conforme a assessoria, não há uma data marcada para a divulgação destes dados com a quantidade de servidores que teriam recebido o auxílio indevidamente.
Além disso, o órgão informou que em caso de identificação de recebimento irregular, pode ser caracterizado como crime e infração de cunho disciplinar.
Além do levantamento destes órgãos em relação a servidores públicos, até o início da segunda quinzena deste mês, a Polícia Civil investigava mais de 100 casos de beneficiários que podem ter sido vítimas de estelionatários e foram prejudicados com algum tipo de transação indevida do pagamento do Auxílio.
Na maioria dos casos, segundo a polícia, os beneficiários, ao tentar sacar os R$ 600 do auxílio, descobrem que a quantia já foi usada em saques, transferências bancárias ou pagamentos de contas e boletos.
A Caixa informou à época que a área de segurança do banco está fazendo o monitoramento e mapeamento das denúncias em colaboração com os órgãos de Segurança Pública competentes para tentar coibir as ocorrências de fraudes.
Na mesma época, a Polícia Federal também fez orientações as possíveis vítimas destes golpes e disse que estas pessoas não precisam procurar delegacias da PF ou da Polícia Civil para fazer a denúncia.
A superintendente da Polícia Federal no Acre, delegada Diana Calazans Mann, afirmou que o beneficiário que se sentir lesado de alguma forma deve formalizar a denúncia diretamente na agência da Caixa Econômica Federal. Em seguida, o próprio banco é que vai notificar a Polícia Federal sobre os casos para serem investigados.
Por Alcinete Gadelha, G1 AC.