Governo estuda fazer mapeamento de áreas mais afetadas por Covid-19 no AC

Após estender por mais sete dias o decreto de isolamento social, o governo do Acre junto com as prefeituras dos município do estado e outros órgãos montaram um grupo para criar estratégias de mapeamento dos casos de Covid-19 por meio do plano ‘Convívio sem Covid’, para que o decreto possa ser flexibilizado, a partir do dia 22 de junho.

“A proposta da estratégia é mapear os locais de maior incidência da doença e, uma vez mapeados, vamos pensar em como fazer esse acompanhamento e contenção da doença para que ela não se espalhe para outras áreas”, informou o secretário de Planejamento, Ricardo Brandão.

O secretário explicou que às novas estratégias do plano ‘Convívio sem Covid’ estão sendo elaboradas e dentro de uma semana devem ser apresentadas com novas sugestões que devem ser implementadas além do isolamento social.

“Estamos trabalhando para concluir essa proposta na semana que vem. Tanto que o decreto foi prorrogado por mais sete dias enquanto a gente conclui esse trabalho”, informou.

Ações

Apesar de não ter ainda o conjunto de ações prontas, o secretário adiantou que o mapeamento é umas das propostas principais já que vai nortear algumas outras medidas que devem ser adotadas. O mapeamento deve ser feito por meio da testagem de casos.

“Com a testagem, você tem a maior incidência. Com a descoberta do maior nível de incidência e contaminação, vem a segunda parte que é pensar que ações devem ser desenvolvidas para controlar a doença naquele local onde ela está mais concentrada”, pontuou.

Com o monitoramento, o secretário disse que o comitê que vai ficar responsável por essa observação vai poder orientar as equipes de saúde e vigilância para aplicar as medidas adequadas. Ele disse ainda que a ideia é fazer um levantamento sobre o perfil desses pacientes.

“Quando a pessoa testa positivo, o que se faz? A recomendação é ir para casa e cumprir quarentena. Infelizmente, falta perguntar se esse cidadão, na casa em que ele mora, têm condições de fazer o isolamento. Então, às vezes, a pessoa testou positivo e mora com outras três e a gente manda essa pessoa para casa e o que pode ocorrer é a possibilidade de contaminação da família dele em razão de não ter como fazer o isolamento”, destacou.

Também devem fazer parte do pacote de medidas protocolos de segurança sanitária para os estabelecimentos comerciais e as medidas que cada instituição deve tomar quando houver a liberação das atividades comerciais. E como as instituições vão se comprometer a cumprir estas medidas.

Apresentação

Após a apresentação das medidas que vão compor as estratégias, Brandão ressaltou que deve ser feita a apresentação e aprovação para que sejam executadas.

Além disso, deve ser feito um levantamento sobre as condições de cada município do estado em relação ao número de casos, internações e vagas disponíveis no sistema de saúde.

“São essas ponderações que uma vez criadas e montadas as estratégias, a gente vai passar e pensar com maior profundidade e nos pactuarmos com os municípios”, disse.

O sectário afirma ainda que é necessário pensar em estratégias de educação e conscientização da população.

“É importante deixar claro que o grande desafio, hoje, está em unir esforços e entender que não é só com o isolamento social que se resolve o problema, a gente precisa de mais envolvimento, e as pessoas precisam se conscientizar que a gente vive uma nova realidade e que a postura dessa nova realidade tem que ser readequada”, concluiu.

Decreto

As atividades não essenciais estão suspensas no Acre desde o dia 20 de março, quatro dias depois que o estado confirmou os primeiros três casos de Covid-19. Prestes a completar 90 dias da suspensão das atividades, o governo prorrogou o decreto.

O Acre tem, até este sábado (13), 9.534 casos de Covid-19 confirmados e 256 mortes, conforme o boletim da Secretaria de Saúde do Estado (Sesacre).

Fonte: G1 Acre.