A pandemia do novo coronavírus obrigou as pessoas a reorganizarem suas vida, a ficarem em casa, manterem o distanciamento social e, em alguns casos, deixarem de encontrar pessoas que amam como prova de amor.
O casal Ana Paula Batalha, que mora no Acre, e Jurandir Schneider, que vive no Rio Grande do Sul, precisou cancelar os planos de passar o primeiro Dia dos Namorados, celebrado nesta sexta-feira (12), junto por causa dos perigos da doença.
Ana Paula, de 34 anos, é jornalista em Rio Branco, capital do Acre, que fica no Norte do país. Já Jurandir, de 44, trabalha como autônomo em Ivoti, região metropolitana de Porto Alegre, no Sul.
Namorando à distância desde abril de 2018, o casal planejava passar a data na cidade do autônomo. A comemoração seria em dose dupla, já que no dia 16 é o aniversário de Jurandir e Ana Paula pretendia estender a viagem para ficar com o amado.
Os namorados se viram pela última vez em fevereiro deste ano, no feriado prolongado de Carnaval, em Santa Catarina.
“A pandemia, de certa forma, pegou a gente de surpresa, pois, mesmo imaginando que a doença chegaria ao Brasil, tínhamos a esperança de que não fosse chegar a esse cenário que estamos hoje. Por outro lado, somos conscientes de que essa situação foge do nosso controle”, diz a jornalista.
Ao G1, o autônomo destacou que o casal já passou vários momentos juntos em viagens e passeios pelo Brasil. Com os planos adiados, Schneider destacou que os dois celebram o Dia dos Namorados todos dos dias com muito respeito e confiança um pelo outro.
“Estamos desde fevereiro sem nos encontrar, mas temos contato todo dia e não temos nada programado para o Dia dos Namorados, mas assim que a pandemia terminar vamos nos encontrar com certeza. Vamos comemorar. Dia dos namorados celebramos todos os dias com respeito, confiança e sempre estamos em harmonia”, frisou.
Namoro à distância
A jornalista e o autônomo se conheceram em 2018 em uma festa em Arraial d’Ajuda, na Bahia, quando Ana Paula foi participar do casamento da irmã. Ela, a noiva e um grupo de amigos saíram para despedida de solteira da irmã e acabou encontrando Schneider, que passava férias na cidade com um amigo.
“Nos esbarramos na festa, trocamos números de telefone e durante os dias em que ficamos em Porto Seguro saímos todos os dias para passeios turísticos. Percebemos, já nos primeiros dias, que a afinidade um para com o outro foi muito boa, mas cada um precisa voltar para o seu estado”, relembrou a jornalista.
Após o retorno de cada um para sua cidade, o casal continuou a conversar e engatou em um namoro à distância. Antes da pandemia, o máximo de tempo que os namorados ficaram sem se ver pessoalmente foram dois meses.
“A gente aproveitava os feriadões. Nos programávamos com antecedência. Eu, no caso, pegava banco de horas para poder pegar folgas e dividia as minhas férias. Ele entrava em acordo com os clientes e dividia os serviços” destacou.
A jornalista diz que nunca se viu em uma relacionamento à distância, mas que ela e o namorado se baseiam na confiança que um têm pelo outro. Além disso, eles se falam diariamente e dividem tudo um com o outro.
“Mesmo à distância, estamos constantemente em contato, dividimos, de certa forma, o nosso dia. Foi o modo como escolhemos e levamos o relacionamento na confiança. Para falar a verdade, não me via namorando à distância, mas a experiência tem me levado a amadurecer bastante”, destacou.
E, para matar a saudade, o casal se agarra à esperança de que logo vai estar junto para compartilhar novas experiências, viver momentos únicos e celebrar o amor.
“A saudade é grande, mas estamos esperançosos de que essa situação da pandemia vai melhorar e a gente vai poder viajar sem riscos. Desejo um Dia dos Namorados excelente para todos os casais. Que se valorizem e acreditem no amor”, aconselhou.
Fonte: Portal G1 Acre.