Ao que tudo indica, o primeiro paciente de covid-19 de Porto Walter foi infectado com a doença na Maternidade de Cruzeiro do Sul. O homem havia ido ao município para acompanhar o parto da esposa.
No retorno para Porto Walter, começou apresentar sintomas da doença. O teste rápido confirmou o diagnóstico e paciente número 1, segue em isolamento domiciliar com a família.
A possibilidade da infecção ter sido na unidade hospitalar é preocupante, tendo em vista que muitas pessoas estão expostas a contaminação. O casal passou cinco dias na Maternidade.
De acordo com informações, a família ficou 5 dias na maternidade com a esposa e depois ficou 4 dias em Rodrigues Alves, com um familiar, que até o momento não apresentou nenhum sintomas de Covid-19. Após isso, eles retornaram para o município de Porto Walter.
O OUTRO LADO
Procurada para falar sobre o caso, a coordenadora regional de saúde, Muana Araújo, não mediu esforços e verificou a situação. De acordo com ela, o homem não foi infectado na maternidade de Cruzeiro do Sul, versão que foi desmentida pela coordenadora. Acompanhe:
Segundo investigação realizada pela vigilância epidemiológica do Município de Porto Walter e Vigilância Estadual, a paciente C S M, acompanhada de seu esposo (o 1º caso confirmado de COVID em PW), deu entrada no Hospital da Mulher e da Criança do Juruá no dia 02/05 onde permaneceu por 2 dias. Na data de 04/05 a mesma teve alta médica e foi para casa de parentes no município de Rodrigues Alves onde permaneceu até o dia 15/05. Durante o período que ficou no município, mais precisamente no dia 06 a mesma teve seu bebe na Unidade Mista de Rodrigues Alves e seguiu resguardo em domicilio até o dia da saída da cidade. Sendo que relatam que o esposo, durante todo o período que esteve fora do seu município de origem circulou, seja pra adquirir produtos essenciais e/ou visitar familiares.
Em nossas unidades de saúde temos tido todo um zelo no que diz respeito à proteção direta de nossos profissionais e pacientes, inclusive, há protocolo de dispensação de mascaras aos pacientes e quando há necessidade de acompanhante, o mesmo é abarcado por esse plano.
Um ponto importante, que é a realidade da região em que estamos, é a caracterização de transmissão comunitária que define-se pela não possibilidade de mapear a cadeia de infecção e saber quem foi responsável pela contaminação dos demais Diante do exposto, é completamente impossível identificar o ponto inicial da infecção do referido paciente.
Muana Araujo, coordenadora regional de saúde.