A aposentada Odília Fernandes da Silva, de 67 anos, que teve quase todo o corpo queimado após uma explosão causada por vazamento de gás de cozinha, continua internada em estado grave na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do pronto-socorro de Rio Branco. A informação foi confirmada pelo filho dela Anderson da Silva Melo, de 31 anos.
A casa ficou praticamente toda destruída com a explosão, que ocorreu na noite de sexta-feira (8). Segundo o filho, ele estava em uma colônia e a mãe estava sozinha na casa no momento acidente.
A suspeita do Corpo de Bombeiros é de que o gás vazou quando Odília foi dormir. Ao levantar, ela fez algo que provocou uma centelha e causou a explosão.
“Na verdade, os médicos disseram que ela teve cerca de 99,9% do corpo queimado. Da UTI do PS ela é a paciente em estado mais grave, está com pressão baixa, os rins estão falhando, está retendo líquido e começando a inchar. O estado dela requer muitos cuidados. Estamos muito apreensivos e pedimos orações a todos os amigos. Ontem [domingo, 10] a médica foi bem direta e disse que a gente precisa de um milagre para salvar a vida dela”, disse o filho.
Com a casa destruída, o filho da idosa contou que ainda não sabe o que vai fazer, já que não tem condições para fazer uma reforma no local. Ele disse que a maioria dos móveis foram perdidos no incêndio.
“O que deu para eu salvar levei para a área da casa da minha irmã, que fica perto e estou dormindo no sofá da casa dela. Primeiro vai ter que demolir a casa, mas vamos ver com a Defesa Civil o que tem que ser feito. A casa ao lado também foi afetada, está com algumas rachaduras. Junto com uns amigos, estamos fazendo uma corrente do bem para ver o que a gente consegue arrecadar”, contou Melo.
Sem visitas
A situação da família é ainda mais complicada porque os filhos não podem ver a idosa internada. Por conta da pandemia de Covid-19, as visitas foram suspensas. “Nenhum de nós a viu desde que tudo aconteceu. Vamos lá [no hospital] só mesmo para saber o estado de saúde dela”, contou.
Antes da pandemia, os pacientes internados em UTI podiam receber visita uma vez por dia com duração de 15 minutos. Segundo o diretor do pronto-socorro, Areski Peniche, as visitas tiveram que ser suspensas para evitar contaminação.
“Dependendo do estado do paciente, se ele tiver respondendo, os profissionais aqui da unidade fazem vídeo chamadas para os familiares para que eles possam ter esse contato. Nos casos mais graves, quando a pessoa está desacordada, o médico encaminha um boletim diário aos familiares”, explicou o diretor.
Fonte: G1.