A família da idosa Francisca Gomes, 73 anos, do município de Feijó (AC), nega que a morte da idosa, ocorrida no Hospital do Juruá na noite desta última quinta-feira (21), tenha sido por Covid-19.
Segundo os familiares, os exames feitos no Hospital de Feijó deram negativo para a doença. Por isso, os familiares reivindicam o direito de poder velar e enterrar a senhora; o que é negado às vítimas de coronavírus, haja visto o alto risco de contaminação.
Ainda de acordo com os familiares, o Hospital do Juruá falta com a verdade ao afirmar que há suspeitas de Covid-19 na morte de Francisca. “Sabemos que eles estão cumprindo uma determinação do Ministério Público, mas queremos apenas ter o direito de poder enterrar nossa Vó de maneira digna”, disse a neta, Géssica.
O diretor clínico do Hospital do Juruá, em Cruzeiro do Sul, Marlon Holanda, informou que a unidade cumpri uma determinação do Ministério Público. “Houve um acordo entre o Ministério da Saúde, CNJ, Cartórios e o Ministério Público, para que todo paciente suspeito ou confirmado de Covid-19 que venha a falecer em Cruzeiro do Sul, sendo ele natural de Feijó, Tarauacá, Porto Walter e Marechal Thaumaturgo, seja enterrado aqui, por conta do grande risco de contaminação”, informou o diretor.
Esse protocolo é determinado também pela Anvisa e pela vigilância sanitária Estadual e Municipal. Ainda de acordo com o diretor a paciente apresentou sintomas semelhantes ao Coronavírus. “Ela realizou apenas um teste rápido, feito há 5 dias atrás. Vale salientar que o teste rápido não é confirmatório em caso de óbito, ele não exclui o diagnóstico do Covid-19, se ela estiver infectada irá contaminar todas as pessoas que tiverem contato com o corpo. Estamos cumprindo uma determinação do Ministério Público que visa proteger a população, e também, os familiares da vítima”, finalizou.