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Adolescentes egípcios são achados desacompanhados no AC e PF apura se estado é rota para tráfico humano

A Polícia Federal do Acre cumpriu dois mandados de busca e apreensão na cidade de Brasileia, interior do Acre, em uma ação que investiga o crime de tráfico humano no estado. As medidas judiciais foram cumpridas após a polícia encontrar, durante fiscalização preventiva feita na semana passada, dois adolescentes do Egito cidade acreana desacompanhados e sem registros de entrada no Acre.

Na sexta-feira (8), as equipes cumpriram os mandados e apreenderam aparelhos celulares e documentos. O local onde o material foi apreendido não foi divulgado.

A ação foi coordenada pela delegacia da PF-AC de Epitaciolândia, cidade vizinha de Brasileia. Ao G1, a delegada Paula Cecília Santana Alves disse que não podia divulgar a idade dos menores, nem mais detalhes para não atrapalhar as investigações, mas garantiu que os adolescentes estão sob os cuidados das autoridades de Brasileia.

“Estamos tentando melhorar a atuação no controle migratório e, de maneira preventiva, fomos ao local onde estão os imigrantes em Brasileia e Assis Brasil e encontramos esses dois adolescentes desacompanhados sem ter feito o controle migratório no Brasil, então, estavam de maneira ilegal”, reafirmou.

O G1 entrou em contato com o Núcleo de Enfrentamento ao Tráfico de Pessoas da Secretaria de Assistência Social, dos Direitos Humanos e de Políticas para Mulheres do Acre (Seasdham) e foi informado que as equipes ainda não foram informadas pela PF sobre o caso.

Porém, o núcleo aguarda o contato da Polícia Federal para saber que tipo de apoio e auxílio pode oferecer no caso.

Flagrante

A encontrar os menores, a polícia passou a investigar se imigrantes estão sendo trazidos por criminosos para o Brasil, usando o Acre como rota, para exploração. A delegada destacou que a PF passou a reforçar as ações de combate e prevenção ao tráfico de pessoas na fronteira do estado.

Ela relembrou que as ações já prenderam um casal suspeito de tráfico de pessoas e trabalho escravo, em fevereiro, que levaria uma adolescente de 16 anos para Bolívia. A menor foi resgatada dentro do carro do casal e devolvida para a família.

“Nossa preocupação é que pode ser não só uma rota de promoção de imigração ilegal, como também de tráfico de pessoas. De modo que, mais de uma associação criminosa, pode usar aqui como rota. Precisamos melhorar o controle migratório na região. Nessa tentativa, já conseguimos prender em flagrante um casal e estamos tentando descobrir quem é o responsável por trazer esses adolescentes estrangeiros para o Brasil, quem está bancando e qual o motivo”, pontuou.

Com informações do Portal G1.

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