Se verificada a situação do Acre com relação ao que recomenda a Organização Mundial de Saúde (OMS) para o tratamento de casos graves de coronavírus, chega-se à conclusão de que o estado não atende plenamente os padrões da estrutura necessária para isto, é o que diz o levantamento feito pela Folha de São Paulo.
A estimativa tem a ver com a avaliação da estrutura para casos graves por 10 mil habitantes. No resultado, o estado não atinge 3 das 6 recomendações.
A OMS sugere que neste cenário (de 10 mil pessoas), 1 ou mais leitos da Unidade de Terapia Intensiva (UTI) devem estar disponíveis. Na categoria “Total de leitos de UTI” o Acre surge como abaixo da meta, principalmente quando se trata dos que pertencem ao Sistema Único da Saúde (SUS).
A quantidade de leitos particulares, que não são diretamente financiados pelo SUS, está satisfatória, assim como a quantidade de ventiladores respiratórios.
Atendimento básico
O estudo também destacou os cuidados que estão sendo tomados pelo executivo estadual no atendimento básico, num espectro de 1000 habitantes.
Neste, o Acre não atende duas das três recomendações básicas. O estado não possui uma quantidade de médicos suficiente para a população – quando 1,9 está para 1000 pessoas.
A cobertura de atenção básica, que é outro critério, se apresenta como suficiente, acima do que é esperado.
No último quesito, que é “Leitos hospitalares por 1000 habitantes”, o Acre também se mostra insuficiente ou abaixo da média. 1,68 para 1000.
No atendimento básico, o levantamento traz o percentual da população coberta por equipes de atenção básica e o total de médicos e leitos hospitalares por habitante em cada estado.
Na estrutura para casos graves, são exibidos o total de leitos de UTI por habitante nos sistemas público e privado e os ventiladores respiratórios disponíveis.
- Por Everton Damasceno, do Contilnet.