O policial penal Quenison Silva de Souza foi preso e indiciado por feminicídio por matar a companheira Erlane Cristina de Matos, de 35 anos, com um tiro na cabeça. O crime ocorreu nessa quarta-feira (11) na casa do casal no bairro Estação Experimental, em Rio Branco.
À polícia, Souza afirmou que o tiro foi acidental. Segundo o coordenador da Delegacia de Flagrantes de Rio Branco (Defla), Cleylton Videira, ele deve passar por audiência de custódia ainda nessa quinta (12).
O Instituto de Administração Penitenciária do Acre (Iapen-AC) confirmou que Souza é policial penal. “Esse policial penal está em efetivo exercício, com lotação da Unidade de Recolhimento Provisório, no Complexo Penitenciário de Rio Branco”, disse.
O 1ª Batalhão da Polícia Militar do Acre (PM-AC) foi acionado para atender a ocorrência por volta das 23h40. A mulher foi atingida com um tiro de pistola .40 na cabeça. O policial penal apresentava hematomas no pescoço, segundo o registro da ocorrência.
No momento do crime, o filho de 13 anos da vítima estava em casa e teria visto a morte da mãe. Um parente da mulher relatou à polícia que a criança estava morando com o casal há cerca de um mês.
Erlane chegou a ser socorrida por uma equipe do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), mas, ao chegar no pronto-socorro de Rio Branco, não resistiu e morreu. O corpo da vítima foi levado para o Instituto Médico Legal (IML) para os procedimentos.
No velório, apenas a sobrinha da vítima, Larissa Cristina, topou falar sobre o caso. Ela lembrou que a tia era apaixonada pela vida e destacou ainda que a família não acreditam em acidente. Larissa disse ainda que não sabe se Erlane já havia se queixado de agressões do marido.
“Era uma pessoa muito alegre, amava viver. Todo mundo está em choque. Queremos justiça e que ele pague pelo que ele fez. Pra mim, ele foi o autor, tenho certeza, porque não tem como limpar a arma no meio de uma discussão, não tem cabimento”, diz.
Por Iryá Rodrigues, G1 AC — Rio Branco