35.6 C
Juruá
terça-feira, novembro 26, 2024

ONG é investigada por lavagem de dinheiro e formação de quadrilha

Por

- Publicidade -

Após mais de um ano de investigação, a Polícia Federal deflagrou, nesta sexta-feira (14), a Operação Presságio em Cruzeiro do Sul, Rio Branco e em outros cinco estados. Os mandados judiciais foram cumpridos nos estados do Amazonas, Acre, Rondônia, Minas Gerais, Sergipe e no Distrito Federal.

Ao todo foram cumpridos sete mandados de prisão, 38 mandados de busca e apreensão de mídias eletrônicas, processos licitatórios, notas fiscais e documentos diversos relacionados a investigação. A polícia informou ainda que a Justiça decretou o bloqueio de mais de R$ 3,8 milhões dos investigados.

A operação investigava os crimes de corrupção passiva, corrupção ativa, quadrilha ou bando, falsidade ideológica e lavagem de dinheiro.

Os crimes teriam sido cometidos por agentes políticos, servidores da prefeitura de Cruzeiro do Sul e por gestores da ONG CBCN, responsável pela coleta e tratamento dos resíduos sólidos de lixo da cidade.

A ONG foi contratada com dispensa de licitação pela prefeitura, porém, segundo a PF, nunca prestou os serviços que foram acordados nos termos de colaboração com a gestão.

A investigação apontou que foram firmados cinco termos com diversas secretarias da prefeitura no valor de mais de R$ 52 milhões. Até o fim do exercício de 2019, a ONG já tinha recebido cerca de R$ 27 milhões.

Apesar de ter recebido já mais da metade do contrato, a polícia apurou que os serviços licitados pela prefeitura não foram efetivamente cumpridos, e sequer existe a possibilidade de que venham a ser até o fim da vigência dos contratos.

Conforme o acordo, a ONG deveria, até 2021, tornar a cidade de Cruzeiro do Sul autossuficiente na produção de energia por meio do aproveitamento do lixo produzido no município. Porém, segundo a Polícia Federal, o serviço de coleta de lixo prestado na cidade do interior do Acre está distante disso.

Como funcionava

A polícia levantou que o modus operandi da suposta organização criminosa era complexo e envolvia diversas pessoas, tanto físicas quanto jurídicas. A investigação apontou que os pagamentos que ela recebia da prefeitura eram utilizados para o pagamento de uma empresa contratada pela própria ONG.

Essa empresa, que foi criada especificamente para prestar serviços à ONG em Cruzeiro do Sul, repassava os valores para diversas empresas de fachadas. Essas empresas, por sua vez, distribuíam o dinheiro entre os membros da organização criminosa.

A ação foi batizada como “Operação Presságio” porque a equipe de investigação detectou que os integrantes da suposta organização criminosa pressentiam e temiam que logo o esquema seria descoberto e eles presos.

Com informações do Portal G1.

- Publicidade -
Copiar