O Ministério da Economia informou nesta terça-feira (14/01/2020) que o salário mínimo em 2020 pode passar dos R$ 1.039 para R$ 1.045, alta de R$ 6 em relação ao valor anunciado anteriormente pelo governo.
Segundo o secretário especial de Fazenda do Ministério da Economia, Waldery Rodrigues, o aumento depende de uma decisão do presidente Jair Bolsonaro (sem partido).
Em dezembro, o governo federal editou medida provisória que fixou o mínimo para 2020 em R$ 1.039, reajuste de 4,1% em relação aos R$ 998 de 2019.
O aumento foi calculado com base na projeção para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) até aquele momento, mas o indicador fechou o ano acima desse patamar, em 4,48%. Com isso, o novo valor não recompõe a inflação oficial, obrigação determinada pela Constituição.
“Atenderemos a determinação presidencial, levando-se sempre em conta os dois lados de alteração do salário minimo. Um é que isso implica maior poder de consumo para a população e outro é que esse valor implica maior pressão orçamentária”, garantiu Waldery Rodrigues.
O Ministério da Economia estima que, para cada R$ 1 de aumento do piso, há impacto no orçamento de R$ 355 milhões. A previsão do governo vai resultar em mais R$ 2,13 bilhões de despesa.
Bolsonaro encontrará o ministro da Economia, Paulo Guedes, na tarde desta terça-feira (14/01/2020) para discutir o assunto. Antes do anúncio, o chefe do Executivo sinalizou, na saída do Palácio do Alvorada, que dará o aumento.
“Vou me reunir com o Paulo Guedes à tarde e eu acho que tem brecha para a gente atender, porque a inflação de dezembro foi atípica por causa do preço da carne. Então, às 14h da tarde, tenho despacho com Paulo Guedes para decidir esse assunto”, disse Bolsonaro.
Ao falar sobre a recomposição, pontuou que a ideia é mesmo restabelecer a inflação. “É a ideia. É o mínimo”, finalizou.