32.2 C
Juruá
segunda-feira, novembro 25, 2024

Em noite de protestos, embaixador do Reino Unido é preso no Irã

Por

- Publicidade -

O embaixador do Reino Unido no Irã, Rob Macaire, foi detido por autoridades iranias na noite de sábado (11/01/2020). O britânico foi preso após participar de uma vigília pelas vítimas mortas na queda do avião da Ucrânia, que matou 176 pessoas na última quarta-feira (08/01/2020).

A vigília se transformou em protestos pouco depois do início. No sábado, milhares de manifestantes foram às ruas para pedir a saída do líder supremo do país, aiatolá Ali Khamenei, depois que o Irã assumiu a autoria do disparo dos mísseis que atingiram a aeronave.

Macaire ficou detido por cerca de uma hora por “incitar os protestos”, informou a TV estatal iraniana. No Twitter, contudo, o diploma afirmou que não participou de nenhuma manifestação. Ele informou que foi à vigília para prestar homenagem às vítimas.

“É natural prestar homenagem àqueles que foram mortos, alguns dos quais eram britânicos. Saí depois de cinco minutos, quando começaram a cantar”, escreveu.

Manifestantes gritavam “Morte aos mentirosos” e “Morte ao ditador” enquanto colocavam flores nos portões das universidades e das praça. O grupo criticou também a Guarda Revolucionária Islâmica a qual chamou de “incompetente” e de “vergonha do povo”.

“Fui preso meia hora depois de deixar o local. É ilegal prender diplomatas em qualquer país”, completou Macaire.

Reação dos EUA
O ministro das Relações Exteriores britânico, Dominic Raab, afirmou, em um comunicado oficial, que a prisão do embaixador viola a legislação internacional e que o Irã pode seguir para um status de “pária” com isolamento político e econômico.

“Ou tomar medidas para diminuir as tensões e se engajar em um caminho diplomático adiante”, ressaltou Raab.

Após a prisão do diplomata, a porta-voz do Departamento de Estado dos Estados Unidos, Morgan Ortagus, disse que o Irã violou a Convenção de Viena e que o Irã deve se desculpar formalmente com o Reino Unido por “violar seus direitos e respeitar os direitos de todos os diplomatas”, postou no Twitter.

- Publicidade -
Copiar