Nesta segunda-feira, 28, durante a 1ª sessão extraordinária do Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP) de 2019, o conselheiro Oswaldo D’Albuquerque Lima Neto, que ocupa vaga destinada aos MPs estaduais, foi eleito por aclamação o novo ouvidor nacional do Ministério Público.
A Ouvidoria Nacional do Ministério Público é um canal direto de comunicação entre os cidadãos e o CNMP para sugestões, críticas, reclamações, elogios e dúvidas sobre o funcionamento do órgão e do Ministério Público Brasileiro, contribuindo para o constante aperfeiçoamento de sua atuação.
Oswaldo D’Albuquerque, procurador do Ministério Público do Estado do Acre (MPAC), tomou posse como conselheiro no dia último dia 22. Ele se comprometeu a trabalhar para melhorar ainda mais o atendimento aos usuários e a prestação dos serviços a partir da troca de informações entre as ouvidorias de todo o país.
Também, nesta segunda-feira, o conselheiro Oswaldo D’Albuquerque foi eleito presidente interino da Comissão de Preservação da Autonomia do Ministério Público, que tem por finalidade a elaboração de estudos, a apresentação de manifestações ou o desenvolvimento de atividades específicas que visem subsidiar a atuação do Plenário em questões relacionadas ao tema.
Agência de Notícias do MPAC
ACRE 01
Procurador diz que é preocupante o apoio de autoridades a irregularidades em Resex
Publicado
8 horas atrás em
28/10/2019
Procurador da República diz que é preocupante o apoio de autoridades públicas a irregularidades na Resex Chico Mendes
O procurador da República Joel Bogo, que faz parte da Força-Tarefa Amazônia, grupo criado para combater crimes ambientais na região amazônica, confirmou recentemente que houve recomendações do Ministério Público Federal ao Ministério do Meio Ambiente (MMA), ICMBio e Ibama para que fossem adotadas medidas efetivas e concretas no combate ao desmatamento e às queimadas no Brasil.
As recomendações foram assinadas por 19 membros do Ministério Público Federal, entre integrantes da Câmara de Meio Ambiente e Patrimônio Cultural do Ministério Público Federal (4CCR/MPF) e procuradores da República que atuam na Amazônia Legal.
A medida foi resultado da reunião de trabalho realizada na sede da Procuradoria-Geral da República, em Brasília, no dia 4 de setembro deste ano. Os documentos elencam ações emergenciais a serem tomadas pelo órgãos de modo a frear os danos ambientais em curso no país e foram motivados pelo aumento vertiginoso no número de áreas degradas e no tamanho da devastação registrada.
Na Reserva Extrativista Chico Mendes, por exemplo, considerando-se o desmatamento com o solo exposto, a unidade de conservação acreana foi uma das mais desmatadas do Brasil no ano passado, segundo dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), que também mostrou que, no mês de agosto passado, o número de focos de incêndio na região amazônica triplicou em relação à média histórica para o período. É o maior índice de queimadas observado desde o ano de 2010.
As recentes ações do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) e do Instituto do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) nas áreas de proteção ambiental no Acre causaram uma enxurrada de protestos e denúncias contra os órgãos ambientais e uma corrida de moradores legítimos, ocupantes irregulares e até invasores de unidades de conservação em busca de apoio parlamentar contra notificações, autos de infração e outras medidas adotadas pelas entidades governamentais.
Consultado sobre o assunto, o procurador Joel Bogo explicou que as medidas foram necessárias em razão do aumento exponencial do desmatamento nas áreas protegidas causado por ocupações irregulares e pela expansão de atividades ilícitas, como a criação de gado em grandes proporções, o que é vedado pelo artigo 18 do Sistema Nacional de Unidades de Conservação da Natureza – SNUC. Daí constar entre as medidas recomendadas aos órgãos ambientais a retirada e apreensão de gado em áreas de desmatamento ilegal.
“Houve um total descontrole nas normas que regem a Reserva Extrativista Chico Mendes e grandes rebanhos de gado bovino passaram a ser criados dentro da unidade, especialmente por pessoas que não moram dentro da reserva. São fazendeiros de áreas próximas, pessoas que moram na zona urbana dos municípios da região. Há também outros crimes ambientais, como a extração ilegal de madeira, e uma série de ilícitos que estão colocando em risco a própria sobrevivência da Resex Chico Mendes da maneira como ele foi concebida”, afirmou Joel Bogo.
Sobre as denúncias de abusos cometidos por fiscais dos órgãos ambientais contra famílias dentro ou fora da área de reserva, o procurador disse que até o momento não recebeu nenhuma informação a respeito do assunto, tendo tomado conhecimento apenas do que tem sido divulgado pela imprensa. O representante do MPF/AC afirmou que sempre é possível que haja excessos, mas que, muitas vezes, o mero cumprimento do dever legal por parte dos agentes é interpretado como abuso de poder na visão das pessoas que estão sendo alvo do cumprimento da lei.
“Nós, aqui no MPF, ainda não recebemos nada, mas sabemos que abusos podem ocorrer e temos canais para que denúncias sejam feitas e com certeza elas serão devidamente apuradas porque qualquer atuação ilegal não será tolerada. Mas o que as pessoas colocam como abuso, em algumas situações que tenho acompanhado nas reportagens, é apenas o mero cumprimento do dever legal por parte dos fiscais, até porque eles são obrigados a cumprir a lei sob pena de prevaricação. Eles não têm opção ao cumprimento da lei”.
O procurador afirmou, sem citar nomes, que são preocupantes as manifestações feitas por autoridades públicas em favor de pessoas que estão cometendo irregularidades na Reserva Extrativista Chico Mendes. Ele se refere a notícias de que parlamentares na esfera federal cogitam, como é o caso da deputada federal Mara Rocha (PSDB), propor alteração na lei para diminuir a área da Resex CM excluindo dela alguns seringais que não teriam mais o perfil extrativista. Na semana passada, o senador Sérgio Petecão recebeu, em Rio Branco, uma comitiva de pessoas notificadas pelo ICMBio em Xapuri e prometeu levar a Brasília as demandas apresentadas por eles.
“Preocupa-me a sinalização de algumas autoridades públicas aqui no Acre em relação de até dar azo a presença de ocupantes irregulares na Reserva Extrativista Chico Mendes no sentido de alterar a unidade de conservação, porque uma fala desse tipo, quando parte de um agente político, ela tem um efeito nefasto, pois se considerarmos Rondônia, onde tivemos casos concretos de redução de unidades de conservação, foi desastroso porque você cria um ciclo vicioso sem fim incentivando que o mesmo ocorra nas áreas restantes, como no caso da terra indígena Taripuna e da Flona do Bom Futuro”, alertou.
Cenário preocupante
De acordo com o Ministério Público Federal, há na atualidade um cenário de deslegitimação das normas de proteção ambiental e enfraquecimento dos órgãos de fiscalização. As recomendações ao Ministério do Meio Ambiente e demais órgãos ambientais, feitas em setembro, elencam uma série de fatos e declarações recentes de autoridades do governo que apontam para o colapso da gestão ambiental federal e problemas de gestão que estimulam o cometimento de crimes ambientais dentro e fora da Amazônia.
As recomendações dão destaque a denúncias de assédio moral e sucateamento dos órgãos ambientais, como a exoneração de 21 dos 27 superintendentes do Ibama, sem nomeação de novos ocupantes para as funções ou a nomeação de servidores sem observar critérios técnicos exigidos para o cargo.
Há, ainda, nos documentos, referência às diversas representações encaminhadas ao MPF por associações de servidores federais da área ambiental para apuração de possíveis práticas e atos atentatórios aos princípios da Administração Pública. Entre elas, há denúncias de ameaças, além de críticas e demonstrações públicas de desapreço à conduta de agentes de fiscalização em cumprimento de seu dever. Ofícios enviados pelo MPF ao MMA e órgãos ambientais com pedidos de informações e demais orientações também constam na recomendação.
Íntegra da Recomendação ao MMA
Íntegra da Recomendação ao Ibama
Íntegra da Recomendação ao ICMBio
Força-Tarefa Amazônia
No ano passado, uma força-tarefa do Ministério Público Federal foi formada para atuar no combate à mineração ilegal, ao desmatamento, à grilagem de terras públicas, à violência agrária e ao tráfico de animais silvestres na Amazônia.
A ação também tem o objetivo de promover a troca de experiências e aperfeiçoar o trabalho do MPF no combate aos crimes na Amazônia, além de articular e aprimorar o diálogo com instituições como Ibama, Polícia Federal e Exército.
Criada pela portaria nº 675/ 2018, a força-tarefa Amazônia é formada pelos procuradores da República Ana Carolina Haliuc Bragança e Fernando Merloto Soave, lotados na Procuradoria da República no Estado do Amazonas, Antônio Augusto Teixeira Diniz, da Procuradoria da República no Município de Oiapoque/AP, Joel Bogo, lotado na Procuradoria da República no Estado do Acre, Daniel Azevedo Lobo e Daniela Lopes de Faria, ambos da Procuradoria da República no Estado de Rondônia.
ACRE 01
PM confirma que carro de Gilson da Funerária foi multado e por pouco não foi guinchado
Publicado
8 horas atrás em
28/10/2019
O presidente da Câmara de Senador Guiomard, Gilson da Funerária (Progressistas), foi multado por estacionar seu carro de placa NXT 8392, modelo Cobalt, da marca Chevrolet, na calçada da Sede da Câmara Municipal no último sábado, 26, durante o evento do PSD, partido que é comandado pelo senador Sérgio Petecão no Acre e que reuniu dezenas de militantes e simpatizantes.
A confirmação da infração de trânsito foi confirmada pelo Tenente da Polícia Militar, Jairton Silvério, responsável por comanda o 9º Batalhão da PM no município, que afirmou ao ac24horas que o veículo foi notificado e que o Guincho havia sido acionado, porém antes de chegar, o carro já havia sido retirado do lugar.
O militar esclareceu que o Guincho viria de Rio Branco e por isso a demora para remover o veículo. Silvério ressaltou que a infração praticada por Gilson se encaixa no artigo 181, inciso VII do Código de Trânsito Brasileiro cuja a multa é de R$ 195,23 e é considerada infração grave, com adicionamento de 5 pontos na Carteira de Habilitação do proprietário.
O ac24horas apurou que Gilson havia estacionado o carro na entrada da Câmara durante o evento do PSD, o que causou descontentamento com a equipe do Senador Sérgio Petecão, que estava presente no evento, e também do prefeito André Maia, que é filiado ao partido e também estava na reunião. O que era para ser um encontro político comum, acabou sendo marcado pela presença da Polícia Militar que foi acionada no local.
A contenda teria começo logo no início do evento quando Gilson, que trava uma guerra política com o atual prefeito da cidade, André Maia, chegou e estacionou seu carro na calçada do edifício da Câmara. O fato chamou a atenção de todos os presentes que notaram como uma espécie de represália do parlamentar com o prefeito presente.
O fato do carro ficar mesmo na entrada da Câmara, não atrapalhou o trânsito de pessoas no recinto, mas incomodou. A polícia militar foi acionada para ir na Câmara e solicitar que o carro fosse retirado da frente. Segundo testemunhas, o presidente se negou a retirar o carro.
O senador Sérgio Petecão confirmou o princípio de tumulto e destacou que teve que segurar os ânimos de sua equipe que queria retirar o carro a força. “Nós pedimos que o carro fosse retirado, a polícia foi acionada e o presidente disse que não iria retirar. Tanto que a PM não retirou mesmo. As fotos ao qual você teve acesso mostram de fato a situação. O cara queria arrumar confusão com isso e acabou arrumando, mas eu segurei a onda da turma”, explicou.
Procurado por ac24horas, Gilson da Funerária afirmou desconhecer qualquer desentendimento e afirmou que tem o costume de estacionar o carro daquela forma todos os dias. “Ninguém veio falar comigo. Não estou sabendo disso. Quer dizer só porque o Sorrisão [apelido do André Maia] apareceu por lá, o pessoal que criar problema?”, questionou o parlamentar que durante vários meses foi prefeito da cidade enquanto Maia estava preso e afastado da função pela justiça.
O presidente afirmou que esteve na Câmara pela manhã para protocolar alguns requerimentos e que ele teria sido responsável por autorizar a realização do evento do PSD.
Logo após falar com a reportagem, Gilson encaminhou um áudio em que um dirigente do PSD agradece pela realização do evento, sem citar a suposto ocorrido e a presença da PM. Por WhatsApp, ele questionou a denuncia: “Mais a PM está no local agora que dizer que estou causando desordem ? A PM sempre para na câmara para tomar café”, informou.
Também, nesta segunda-feira, o conselheiro Oswaldo D’Albuquerque foi eleito presidente interino da Comissão de Preservação da Autonomia do Ministério Público, que tem por finalidade a elaboração de estudos, a apresentação de manifestações ou o desenvolvimento de atividades específicas que visem subsidiar a atuação do Plenário em questões relacionadas ao tema.
Agência de Notícias do MPAC.