Prefeita Marilete Vitorino, de Tarauacá, deve desistir de disputar a reeleição em 2020

A gestora já teria inclusive comunicado a decisão ao senador Sérgio Petecão, que deve se sentir aliviado já que a administração dela é algo que vai além da tragédia

Sensação de alivio

De Tarauacá chega a informação de que, de fato, a prefeita Marilete Vitorino (PSD), já comunicou ao senador Sérgio Petecão (PSD), que não está disposta a disputar a reeleição no próximo ano. Embora não diga isso a ninguém, o senador parece ter-se sentido aliviado porque foi seu fiador na campanha passada e a prefeita faz uma administração que parece ir além do desastre. Nem mesmo os seus aliados a querem por perto, imagine num palanque em disputa eleitoral.

A bola da vez

A situação em Tarauacá parece pacificada: a bola da vez em relação à sucessão municipal está com o ex-prefeito Rodrigo Damasceno e a vereadora Janaína Furtado. Os dois são favoritos para a disputa, se encontrarem partidos que os acolham. E se saírem juntos, a performance deve ser melhor.

Padrinhos fortes

Em Cruzeiro do Sul, ao que tudo indica, as coisas caminham bem para o lado do prefeito Ilderlei Cordeiro, que deve ser candidato à reeleição pelo PP. Nesta quinta-feira, em Rio Branco, o governador Gladson Cameli voltou a anunciar apoio ao atual prefeito e isso o o permitiria uma disputa tranquila, montado na máquina municipal e tendo um padrinho político da altura do governador Gladson e o apoio de toda a família Cameli, o que não é algo à toa.

Apelo popular

Ilderlei Cordeiro será um candidato forte mesmo que o grupo do ex-prefeito Vagner Sales apresente um candidato. Aliás, o candidato de Vagner tem tudo para ser seu filho, Fagner Sales, já que o ex-prefeito está com os direitos políticos cassados. Gente próxima a Ildelei acha que, se for mesmo de Fagner Sales, o MDB em Cruzeiro do Sul será batido. Primeiro, porque o candidato seria imaturo e não teria a expertise do pai. Em segundo lugar, porque a benção do governador Gladson Cameli e de seu governo seria muito forte, e em terceiro lugar porque Ilderlei Cordeiro vem fazendo uma administração com forte apelo popular.

Equação a ser resolvida

As duas candidaturas à Prefeitura de Cruzeiro do Sul no mesmo polo – ou seja, no coração do governo, vai ser uma equação que deve ser solucionada pelo governador Gladson Cameli. Apesar de suas reiteradas declarações de que em sua cidade natal o candidato de sua preferência será o atual prefeito, a família Sales tem insistido, via Vagner, que o candidato do governo será de seu grupo. Como em Cruzeiro do Sul a disputa não se dará em dois turnos, o problema precisa ser resolvido para que as duas candidaturas do mesmo polo não acabe beneficiando quem corre por fora, certamente um candidato das oposições. A história tem mostrado que afogados, quando se abraçam muito, morrem os dois.

Distancia de política

A sorte dos dois grupos do mesmo polo que disputam a hegemonia em Cruzeiro do Sul é que, para variar, as oposições no município não têm nomes para a disputa. Nem o PT e tampouco o PC do B ou o PSB, que integravam a antiga Frente Popular do Acre. A nova liderança da região, a delegada de polícia Carla Brito, que disputou a eleição para a prefeitura em 2016´pelas oposições, saiu do município para morar em Brasiléia. Casada com o também delegado Luiz Tonini, Carla está inclusive em licença maternidade, com bebê novo (o primeiro) em casa e parece querer distância de política.

Os “brimbos”

A alternativa das oposições em Cruzeiro do Sul seria o nome do ex-prefeito e ex-deputado federal César Messias, atualmente dirigente do PSB. Mas, ao que tudo indica, quando lhe falam em disputar novamente a Prefeitura de Cruzeiro do Sul, ele quer fugir às léguas do assunto. Messias sabe que ser prefeito nos dias atuais é um risco muito alto. Além disso, há a máxima segundo a qual um Cameli não briga com outro Cameli sob hipótese nenhuma. Embora ele não seja exatamente um Cameli (é Messias), mas ainda assim é primo, em segundo grau, do governador Gladson e isso certamente o levaria a repensar uma candidatura porque teria que bater de frente com o “brimbo”. “Brinbo” é “brimbo”…

Trabalho a 0 800

Por falar em Vagner Sales, chama muito atenção sua presença nas agendas do governador Gladson Cameli, como ocorreu na manhã desta quinta-feira (1), no Pronto Socorro do Hospital de Base de Rio Branco. Mesmo sem cargo, por ter sido exonerado da função de secretário de articulação política enquadrado na lei da chamada ficha limpa, que impede a contratação de pessoas condenadas por improbidade administrativa – caso de Vagner, o ex-prefeito, mesmo assim, continua trabalhando para o Estado, a 0 800 – ou seja, sem ganhar nada. Isso, sim, é que é dedicação à causa pública…

Esqueletos dos armários

As críticas da deputada federal Perpétua Almeida e de seu marido, o deputado estadual Edvaldo Magalhães, ambos do PC do B, à homologação da licitação para a contratação de um jato executivo para ficar à disposição do governador Gladson Cameli, começaram a ter reações. Provavelmente gente ligada ao governador, estão tirando esqueletos dos armários para assustar os comunistas.

Viagem épica

Um desses esqueletos relaciona-se ao caso, de amplo conhecimento público, do aluguel do iate eu singrou os rios da Amazônia, de Cruzeiro do Sul (AC) até Manaus (AM), na época em que Edvaldo Magalhães era presidente da Assembleia Legislativa, quando, entre outras coisas, ficaram famosas as cenas de parlamentares se esbaldando a bordo, em roupas sumárias, assando churrasco, alguns ao som de violão, e o mergulho cinematográfico (mergulho não, uma senhora “facada”) da então deputada estadual petista Naluh Govueia nas caudalosas águas do rio Juruá. O aluguel da embarcação e da viagem épica até hoje não foram suficientemente explicados.

Cortina de fumaça

O segundo esqueleto foi uma postagem no Facebook de aliados do governador dizendo que a deputada federal Perpétua Almeida havia alugado, com dinheiro público, um avião para ir à festa de aniversário de uma amiga de infância, em Porto Walter. A deputada respondeu a publicação admitindo que não houve ilegalidade no caso e que os áulicos do governador, ao buscarem comprometerem-na com o fato, estão buscando criar uma cortina de fumaça em relação ao aluguel do avião pelo governador.

De avião, barco, carro ou a pé…

Em contato com o colunista, Perpétua Almeida diz o que se segue: “caro Tião Maia, isso é contra ataque da turma. Meus mandatos sempre foram de muita presença no Acre. Viajo o Acre inteiro. Tenho agendas intensas: nos rios, ramais e cidades. A depender da situação, às vezes tenho que fretar barcos, em outras um bimotor, vou de carro quando é possível e também ando horas e horas a pé para fazer meu trabalho. Vou às comunidades mais distantes ouvir as pessoas para melhor representá-las. Qual é o crime que existe em ir ao aniversário de uma amiga querida, à noite, depois de um dia de muito trabalho? Nenhum! A verdade é que tem gente que gosta mesmo é de falar mal. Seguirei trabalhando à FAVOR do Acre e dos que mais precisam”.

Só em dois aeroportos

Noutro contato, na manhã desta sexta-feira (2), a deputada prossegue: “Tião, tenho fretado aeronaves nesse mandato, assim como em mandatos anteriores. Eu e boa parte da bancada do Acre. Eu tenho que levantar no site da Câmara ou nas prestações de contas. Seja as minhas notas e as notas dos demais membros da bancada. A questão é que fazermos essas matérias, é sermos pautados pelo que o MBL quer, que é tirar o foco do verdadeiro. O debate no Acre hoje é que o jatinho fretado pelo Estado para ficar à disposição do governador. Um Jatinho que só deve pousar no aeroporto de Rio Branco e Cruzeiro do Sul. Não pousa nos demais municípios do Acre”, disse.

A tal cabeça de burro…

A cabeça de burro a qual se refere o governador Gladson Cameli para falar dos problemas na área de saúde parece não ser desenterrada tão cedo. Quando o odontólogo Lúcio Brasil e sua diretoria começavam a colher elogios pela melhoria no atendimento no hospital da Fundação Hospitalar do Acre (Fundhacre), eis que a direção da Sesacre (Secretaria de Estado de Saúde do Acre) resolve remanejar do hospital para outros setores médicos e outros profissionais, causando, de novo, um pandemônio no maior hospital público do Acre. Pelo andar da carruagem, a tal cabeça de burro enterrada no setor não vai ser desenterrada tão cedo.

No Acre o SUS funciona

O economista acreano Peré Vasconcelos, que foi autoridade da área financeira no vizinho Estado de Rondônia, dizia outro dia que estão errados as pessoas que elogiam os rondonienses por ter, só em Porto Velho, pelo menos dez hospitais privados. Segundo ele, achar que isso é vantagem é ter uma visão equivocada para o setor da saúde. Se no Acre não há grandes hospitais privados é porque, de alguma forma, os hospitais públicos e o próprio Sistema Único de Saúde (SUS) no Acre funcionam, destacou. “Se a saúde desse lucro no Acre, caso o SUS não funcionasse direito, é claro que o capital privado entraria aqui”, disse.

Orações fortes

Os corações dos deputados Manuel Marcos (federal) e Juliana Rodrigues (estadual), ambos ligados à Igreja Universal, estão batendo acelerados na manhã desta sexta-feira (2). É que, a partir das 8 horas, começou no TRE (Tribunal Regional Eleitoral) o julgamento de recurso do Ministério Público Eleitoral Federal que, se acatado, deve afastá-los do mandato. Os pastores da Igreja Universal passaram a noite em vigília e em orações para que os corações dos sete juízes da corte eleitoral sejam amolecidos e os dois parlamentares não sejam cassados.

Provas robustas

Quem teve acesso ao processo envolvendo os dois parlamentares diz que as provas, inclusive com gravações em vídeos, são muito robustas e que dificilmente eles escaparão das cassações, mesmo com tantas orações. Consta, inclusive, que o deputado federal Manuel Marcos, que foi pastor da Igreja, está de saída da Universal porque acha que não foi suficiente defendido pelos demais pastores e seguidores da Igreja,

Orações inversas

Quem também estaria rezando muito por esses dias é Tião Bocalom, primeiro suplente de deputado federal pelo PSL, e o ex-juiz Pedro Longo, primeiro suplente do PV à Assembleia Legislativa. Ambos oram pelo sentido inverso do casal de deputados ameaçados de cassação. Acham que podem assumir os respectivos mandatos ainda este ano.

Repetição de chapa

Um amigo de Tião Bocalom disse ao colunista que, se de fato ele assumir como deputado federal, o velho político vai se proclamar pré-candidato a prefeito de Rio Branco, em 2020. O problema seria o partido. Atualmente filiado ao PSL, para ser candidato a prefeito, ele teria que enfrentar o coronel Ulysses Araújo, candidato derrotado ao governo do Estado pelo partido em 2018, e que agora seria uma espécie de candidato natural à Prefeitura. Neste caso, a alternativa de Tião Bocalom seria o PP, partido do governador e ligado à família Bestene. Poderia então haver até a repetição de uma chapa que disputou as eleições municipais em 2012: Bocalom para prefeito e Alysson Bestene para vice.

Salles desmente desmatamento

Sobre denúncias de desmatamentos na Amazônia neste primeiro semestre de 2019, o ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, rebateu, neste primeiro dia de agosto, em Brasília a informação de que houve aumento de 88% no desmatamento em junho deste ano na comparação com o mesmo mês do ano passado. O dado havia sido divulgado no início do mês pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), a partir da análise de informações do Sistema de Detecção do Desmatamento em Tempo Real(Deter), que indicou perda de 920,4 quilômetros quadrados na Amazônia Legal no período.

Desmate foi em anos anteriores

Ao lado do presidente Jair Bolsonaro e dos ministros Ernesto Araújo (Relações Exteriores) e Augusto Heleno (Gabinete de Segurança Institucional), Salles exibiu imagens de satélite para demonstrar que pelo menos 31% do total do desmatamento apurado em junho ocorreram em anos anteriores, principalmente em 2017 e 2018, mas só foram computados depois. Para chegar a essa conclusão, segundo ele, foram analisadas imagens de 56% das áreas desflorestadas em junho indicadas pelo Deter.