Fiel escudeiro do senador Sérgio Petecão deve ser candidato a prefeito em Tarauacá

Carlos Coelho, natural do município, participa de todas as eleições como cabo-eleitoral mas em 2020 deve ser protagonista na disputa

 

Experiência de campanha

Professor e militante da política, Carlos Coelho é um técnico que trabalha para a Assembleia Legislativa. No entanto, em todas as campanhas, trabalha para seus candidatos e há anos acompanha o atual senador Sérgio Petecão (PSD-AC) desde que o parlamentar era deputado estadual. Tamanha fidelidade ao projeto político do senador deve ser recompensada agora, com o apoio de Petecão a seu fiel escudeiro na disputa pela Prefeitura, já que a atual prefeita, embora filiada ao PSD, já declinou da disputa e Coelho deverá ser o ungido. A depender de experiência política, Coelho a tem de sobra.

Direita, volver!

A bola da vez em Tarauacá está com o ex-prefeito Rodrigo Damasceno, que saiu do PT e está sem partido, e com a vereadora Janaína Furtado, candidata ao Governo do Estado em 2018 pelo Rede Sustentabilidade e está de saída para outra sigla a fim de ser candidata à Prefeitura. Rodrigo e Janaína são cobiçados por vários partidos, inclusive pelo PP do governador Gladson Cameli. O problema é que ambos vêm de partidos de esquerda e uma guindada rumo ao PP, claramente de direita, pode não ser algo palatável pelo eleitorado.

Se era para ficar, por que saiu?

Ainda sobre Tarauacá, o que surpreendeu nas últimas horas foi o anúncio da saída do deputado Jenilson Leite do PC do B para o PSB. Isso significa que ele trocou de sigla mas continua no campo da esquerda, no colo da quase extinta Frente Popular do Acre. Isso, naturalmente, dá azo à pergunta: se era para continuar no campo da Frene Popular, por que trocar de sigla? É certo que dividir espaços, dentro do PC do B, com o experiente deputado Edvaldo Magalhães não é nada fácil, mas os dois pareciam bem afinados. Então, ou Jenilson Leite está buscando fazer uma carreira solo para voos para longe na política ou estaria se preparando para ser candidato a prefeito em Tarauacá.

Nomes na mesa

Há cerca de um mês, o deputado Jenilson Leite disse ao colunista que não pensava numa candidatura em Tarauacá e que estava inclusive participando de um grupo que discutiam nomes que não o seu, como o do professor Lauro Benigno, do PC do B, e do próprio Rodrigo Damasceno. Nas últimas horas, no entanto, surgiram informações de que Jenilson Leite gostou do nome de Coelho como provável candidato a prefeito em Tarauacá e isso pode resultar numa dobradinha. É esperar para ver.

Reforço para o PSB

A ida de Jenilson Leite para o PSB reforça a possível candidatura à reeleição da prefeita Socorro Neri, segundo admitiu o líder do Partido na Assembleia, deputado Manuel Moraes. Aliás, ele anunciou – e a prefeita não desmentiu – que Socorro Neri é candidata à reeleição. Portanto, não surpreenderá se, nas próximas horas, o secretário municipal de Educação, ex-deputado Moisés Diniz, também deixar o PC do B e seguir Jenilson Leite para o PSB. Ele seria o candidato a vice de Socorro Neri.

Futuro tucano do bico mole

Ainda sobre a futura disputa em Rio Branco, já não é segredo para ninguém que o professor Minoru Kinpara, se for candidato a prefeito ano que vem, deve sair pelo PSDB, a pedidos dos irmãos Major e Mara Rocha, respectivamente vice-governador e deputada federal que dirigem o partido dos tucanos no Acre. Uma possível ida de Kinpara para o PSDB daria o que falar na futura campanha eleitoral. Se virar tucano, Kinpara entrará para o grupo do bico mole.

Político sem lado

É que o ex-reitor da Universidade Federal do Acre começou sua carreira política como um militante de esquerda. Nesta condição chegou a ser inclusive presidente regional do Partido dos Trabalhadores, no auge do Partido. Depois, foi para a rede Sustentabilidade da ex-ministra Marina Silva, aumentando sua “esquerditização”. Agora flerta com o PSDB, que se diz de centro mas está a um passo da direita. Essa confusão, numa provável campanha, será apontada como falta de perfil ou caráter ideológico ou de oportunismo puro. Será consequência da exigência de que em política é preciso ter lado.  

Mazinho X Zeca Cruz

De Boca do Acre, no Amazonas, chega a informação de que o prefeito local, Zeca Cruz, está em busca de um advogado para processar o belicoso prefeito de Sena Madureira, no Acre, Mazinho Serafim. Tudo porque o prefeito acreano enviou uma série de áudios aos aliados do prefeito do município amazonense, contendo acusações, entre outras coisas, de que Zeca Cruz usaria um barco hospital do município para fazer orgias. A origem das ofensas de Mazinho Serafim se relaciona ao fato de Sena Madureira fazer fronteira, na zona rural, com terras do município.

Preguiçoso e irresponsável

Ao enviar áudios ao prefeito de Boca do Acre propondo a parceria para a pavimentação conjunta dos ramais e não obter respostas, Mazinho Serafim, como é próprio de sua personalidade, passou a esculhambar o prefeito amazonense. Disse, além daquela acusação do hospital, que o prefeito Zeca Cruz é preguiçoso e irresponsável e que não cuida da população de seu município.

Boca de fumo

O vereador Artêmio Costa (ainda sem Partido) veio a público na sessão da Câmara Municipal de Rio Branco nesta quinta-feira (8) para questionar os números divulgados pelo governo em relação à violência. Ele discorda dos números divulgados, que apontam redução em números de homicídios e outros tipos de violência no Estado, principalmente na Capital. De acordo com o vereador, Rio Branco está se transformando numa autêntica boca de fumo.

Nossa cracolândia

No centro de Rio Branco, de acordo com o vereador, ‘noiados’ – viciados em drogas – ocupam as ruas principais e estão ameaçando as pessoas. “Ou o Estado começa a ocupar os espaços ou o Centro de Rio Branco irá virar uma cracolândia como em São Paulo”, comparou. Uma das saídas para ajudar a combater o problema seria a urbanização de prédios abandonados, tanto pelo poder público como privado, além de terrenos que são utilizados pelos viciados.

Limpeza e isolamento

Artêmio Costa disse que vai apresentar um projeto de lei visando punir donos de prédios, inclusive o poder público, que não cuidam do seus espaços e permitem que os viciados façam desses locais pontos de encontro e moradia. Segundo o vereador, os donos devem limpar e cuidar dessas locais, para que não sejam ocupados pelos usuários. Um exemplo, o dono do prédio da antiga Polícia Federal que isolou a área.

Respeito à tradição

Em Cruzeiro do Sul, tem sido muito elogiado o comportamento do prefeito Ilderlei Cordeiro pelo apoio à realização da edição 2019 do Novenário em Honra de Nossa Senhora da Glória, uma das mais tradicionais e maiores festas religiosas da Igreja Católica na Amazônia. Os elogios são originários do fato de que o prefeito Ilderlei Cordeiro e boa parte de sua família são evangélicos, religião cujos preceitos são contra festas como a de Nossa Senhora e outros costumes evangélicos, que usam imagens e outros adereços questionados desde o ano de 1490, quando Martin Lutero reviu os conceitos da Igreja Católica e apresentou a orientação pentecostal ao mundo. Apesar disso, Ilderlei tem ajudado na realização de festa em respeito às tradições do município e a população de Cruzeiro do sul vem reconhecendo o respeito do prefeito a esses princípios.

Caras de pau

O governador Gladson Cameli foi muito duro em entrevista a uma emissora de TV em Rio Branco na manhã desta quinta-feira (8) em relação à diretoria da Fundação Hospitalar do Acre. Chegou a dizer que, ao falarem em planejamento para a retirada dos médicos do hospital para o Pronto Socorro de Rio Branco, os diretores teriam que passar óleo de peroba na cara, insinuando que são caras de pau. No entanto, ao final da entrevista, Gladson Cameli disse que o diretor-presidente do hospital, odontólogo Lúcio Brasil, deve permanecer no cargo.

Cabeça de burro

O senador Márcio Bittar (MDB-AC) voltou a bater duro nas ONGs (Organizações Não Governamentais) que atuam na Amazônia. Segundo ele, tais entidades estão a serviço do capital estrangeiro, notadamente da Alemanha e da Noruega, para impedir o crescimento do Brasil na produção de grãos. Bittar voltou a citar Rondônia, que já desmatou mais de 38 por cento de sua cobertura vegetal, como um Estado que se desenvolve enquanto que, no Acre, segundo o senador, parece haver uma cabeça de burro enterrada quando o assunto é desenvolvimento.

Dinâmica e puxa-saquismo

A política é mesmo dinâmica. O empresário que mandou fazer os dez bolos para marcar os dez anos de entrega do Pronto Socorro de Rio Branco, no último dia 6, é o mesmo que no governo anterior foi beneficiado pelo governo e vivia a tecer loas ao governador Tião Viana, principal responsável, por incompetência e descaso com a coisa pública, pela não-inauguração do hospital. Para alguns, parece que a arte de puxar o saco de quem está no poder parece ser da natureza da política. Mas, como já dizia um amigo meu, é melhor puxar saco do que carroça. Vôte!

Jereissati relator

O relator da reforma da Previdência no Senado será senador cearense Tasso Jereissati (PSDB), que recebeu o texto vindo da Câmara na tarde desta quinta-feira (8). Ele pediu que que os senadores confirmem na Casa, sem alterações, o mesmo texto aprovado na Câmara. Qualquer mudança no texto aprovado pelos deputados, faria com que a proposta voltasse para análise da Câmara.

Texto imexível”

De acordo com Jereissati, há uma ideia que lhe parece também ser consenso: o Brasil não suportaria que esse projeto voltasse para a Câmara, e de novo fosse aberta uma outra comissão especial, o que levaria a outra discussão no plenário. “O país não suportaria isso. O nosso país não suportará que uma questão como essa se prolongue tanto tempo”, defendeu. Como diria Magri, o então ministro do Trabalho de Collor, o senador quer o texto “imexível”.

 

Agressor sem cargos públicos

Agora é lei: agressor de mulher não pode ocupar cargos públicos. A Comissão de Direitos Humanos (CDH) aprovou nesta quinta-feira (8) quatro projetos que aumentam as punições para agressores enquadrados na Lei Maria da Penha (Lei 11.340, de 2006). Os senadores foram favoráveis ao impedimento de nomear agressores domésticos para cargos públicos; à indenização por danos morais a agredidas; à obrigatoriedade de o agressor frequentar reabilitação; e ao sigilo obrigatório para todos os processos criminais e cíveis abertos com base na Lei Maria da Penha.

Projeto de Romário

Os projetos foram aprovados em bloco. Autor da proposta que impede a nomeação dos agressores (PL 1.950/2019), o senador Romário (Podemos-RJ) explicou no seu relatório que é preciso adotar medidas para desestimular potenciais agressores. A relatora, senadora Leila Barros (PSB-DF), acrescentou que não cabe ao poder público acolher em seus quadros agressores condenados pela prática de violência doméstica e familiar contra a mulher. O projeto de Romário, o “baixinho”, é importante porque no Brasil, a cada duas horas, uma mulher é assassinada ou agredida.