Vagner diz em redes sociais que tem dinheiro para pagar multas por condenações

Ex-prefeito, no entanto, já declarou à Justiça que é pobre e que se fosse condenado a pagar multas ou devolver dinheiro iria passar fome

Puro deboche

A forma debochada com a qual o ex-prefeito de Cruzeiro do Sul Vagner Sales trata a vida pública veio à lume mais uma vez. Em redes sociais e seus grupos, o ex-prefeito, ao tratar do noticiário sobre o leilão de carros de sua propriedade para o pagamento e ressarcimento de recursos públicos que teriam sido desviados à época em que ele era gestor da cidade, o próprio Vagner Sales veio à público com ironias, dizendo ter dinheiro suficiente para pagar eventuais condenações.

Conselhos de um condenado

Veja o que ele diz num grupo de redes sociais sobre o noticiado a respeito de leilão de veículos em seu nome, no linguajar com o qual ele se expressa e num idioma talvez próximo da língua portuguesa: “Primeiro, que não foi dinheiro desviado, foi uma multa, segundo não foi todos os meus carros disponibilidadce (sic), apenas um, terceiro (sic) que tenho com que pagar. É bom fazer jornalismo com responsabilidade”, aconselhou o político seguidamente condenado pelo que há de pior na vida pública: a subtração do erário.

Um milionário pobre

Estaria tudo bem com as contas do ex-prefeito, que agora diz ter dinheiro suficiente para arcar com as multas, se ele não tivesse dito à Justiça que é hipossuficiente – ou seja, um pobre que não poderia arcar com as próprias despesas, muito menos com o pagamento de multas ou devoluções de dinheiro público. Ele disse isso em declarações registradas em cartórios, mas nas redes sociais e entre seus grupos de íntimos zomba da justiça, faz ironias e sabe que tem a seu favor o tempo, a burocracia judicial e a possibilidade de todos esses processos darem em nada, nem em multas, devoluções ou tampouco prisões.

Galhofa e impunidade

Ser tratado judicialmente desta forma, para quem tem um mínimo de vergonha na cara, seria um duro golpe. Alguns homens, ao serem tratados e condenados como Vagner Sales, se desesperam e alguns até tentam tirar a própria vida, em casos mais drásticos. Mas, em se tratando de Vagner Sales, parece que ser condenado, ameaçado de ter bens penhorados e ir à leilão para garantir a devolução de recursos públicos desaparecidos, é algo de somenos importância e ele chega a levar tudo na galhofa, na brincadeira, porque sabe que pode contar com a impunidade. Pobre país este chamado Brasil.

Um pobre endinheirado

Mas, pelas declarações à Justiça Eleitoral e o patrimônio visível do ex-prefeito Vagner Sales, ele está mesmo muito longe de vir a ser um homem pobre. Embora não haja registros de que se trate de um ganhar de prêmio de loteria ou de pessoa que tenha trabalhado em investimentos além do serviço público ou que tenha recebido heranças, ele é um milionário. Dono de fazendas, de muitos veículos, de vastas terras e imóveis, ele é, no entanto, um homem pobre. Um pobre que só tem dinheiro.

Leila no radar da justiça

A ex-prefeita de Brasiléia e ex-deputada Leila Galvão (PT) acaba de entrar no radar da Justiça por causa de uma ação de improbidade administrativa em que é obrigada a devolver pelo menos R$ 600 mil ao erário. A ação já transitou em julgado e agora a procuradoria jurídica da Prefeitura de Brasiléia quer a execução da sentença, com a penhora dos bens, na ordem de 30 por cento, do salário de professora da ex-prefeita. O colunista não conseguiu falar com a prefeita nem tampouco seu advogado se dignou a responder as ligações para expor a versão da prefeita. Mas o espaço está aberto.

Kinpara e o PSDB

Em Rio Branco, é visível a aproximação do ex-reitor Minoru Kinpara ao grupo do PSDB encabeçado pelo vice-governador Major Rocha e sua irmã Mara Rocha, deputada federal. O grupo, acompanhado pelo assessor Correinha, tomou café junto na manhã desta sexta-feira (19), no mercado “Elias Mansour”, em Rio Branco. O fato chamou a atenção porque Kinpara, que disputou o Senado em 2018 e foi muito bem votado, principalmente na Capital, é bem cotado como candidato a prefeito.

Aí tem…

Foi o segundo café da manhã de Kinpara com os Rochas e o PSDB em menos de 90 dias. O primeiro foi na sede do Partido, no bairro do Ipase. Chama a atenção porque, convidado para se filiar em vários partidos para se filiar e disputar a eleição municipal e, de alguma forma, ele vem esnobando a todos. Diz que ainda não tomou decisão, não escolheu um partido e nem sabe ainda se fato é candidato. Mas, enquanto 2020 não chega, Kinpara vai se encontrando e se alimentando com os tucanos.

Como diz o matuto: aí tem…

Solidariedade à Casseb

O coronel PM Ulysses Araújo, ex-candidato a governador pelo PSL em 2018 no Acre, saiu em defesa do médico Giovanni Casseb, preso em Rio Branco, nesta sexta-feira (19), como distribuidor de medicamentos irregulares e muito utilizados em academias, os chamados anabolizantes. O médico preso é filho de um respeitado advogado, músico e oficial da reserva da Polícia Militar do Acre, Bady Casseb. Ulysses disse que conhece o médico desde criança, sabe do seu caráter e dedicação à profissão e que sua prisão atenderia, segundo ele, aos interesses de quem quer aparecer.

Carapuça sem cabeça

O médico, entretanto, foi preso pela Polícia Civil, órgão do serviço de segurança do Governo do Estado, ao qual o coronel Ulysses Araújo integra como membro do staff do coronel Paulo Cézar Santos, secretário de Segurança Pública. Faltou a Ulysses Araújo explicar para qual cabeça sua carapuça estava sendo dirigida. Se for para as de seus colegas, parece vir atirando em direção errada. A Polícia, seja Militar ou Civil, até aqui, tem cumprido apenas o seu papel.

No peito e na raça

Gordo como um lutador de sumô, o prefeito de Sena Madureira, Mazinho Serafim (MDB), a despeito de ser um cara querido entre os seus, é dado à porralouquice de querer resolver tudo na base da porrada, dos gritos e das ameaças. Ao invés de político, está mais para um brigador de rua, dono de um linguajar digno de um frequentador de botecos de última categoria. Por esta postura, está muito longe da estatura moral de um político e muito menos de ser capaz de ser representante de uma sociedade, de uma comunidade ou de ser um executivo acreditado como devem ser os ocupantes de cargos como no de prefeito. Precisa aprender que, em política, quem tudo quer fazer levando as coisas no peito e na raça, costuma se dar mal.

Doido e meio

Ao tomar conhecimento das agressões (por enquanto verbais) de Mazinho Serafim a um vereador da oposição, o Canário, quando o edil concedia uma entrevista nos estúdios da Rádio aldeia, aos quais o prefeito invadiu sem pejo ou pudor, alguém disse que o valentão só vai parar com isso quando encontrar alguém tão doido quanto ele. Se lá atrás, quando ele era deputado estadual ainda pelo PT e quase bateu no então secretário Nepomunceno Carioca, se é que não bateu, alguém tivesse revidado à agressão, ele não teria levado ás ruas a fama de valentão pela qual passou a achar que todo mundo lhe deve obediência ou medo. O redator aqui entende que remédio para doido é um doido e meio, incluindo os casos de valentia.

Parabéns, Silvânia

Mas, do episódio dantesco em que mais uma vez o prefeito de Sena se envolve em confusão, o que surgiu de positivo e, portanto, elogiável, foi o comportamento da Secretária de Estado de Comunicação, jornalista Silvânia Pinheiro, na defesa da liberdade de imprensa, dos jornalistas e do funcionário da TV Aldeia, que trabalha sob sua coordenação, que também quase apanhou do prefeito por entrevistar o vereador Canário. Natural de Sena Madureira, com alguma ligação política com o prefeito, mesmo assim, Silvânia veio a público, em nota, repudiar as atitudes de Mazinho Serafim e dizer que esse comportamento político de agressão, ainda que verbal, não encontra eco no atual governo local nem no mundo contemporâneo da decência. Parabéns, Silvânia!

Conquistadores da Lua em Brasília

Das confusões de Sena Madureira, para a Lua – melhor dizendo, para Brasília, após a chegada do homem ao satélite da Terra. O que pouca gente sabe é que os astronautas que pisaram o solo lunar há 50 anos, em 20 de julho de 1969, também pisaram solo brasileiro, em Brasília. Meio que na marra, mas pisaram. Deu-se pouco mais de dois meses depois, num imprevisto que fez os astronautas Neil Armstrong e Michael Collins pousarem em Brasília. Em contraste à imperturbada viagem pelo espaço sideral, longe de interferências geopolíticas, uma turnê terrestre protagonizada pelos tripulantes da Apollo 11 sofreu um desvio de rota, resultado de uma briga entre Estados Unidos e Bolívia, que ocasionou em uma visita rápida e improvisada à jovem cidade brasileira.

Grande feito da humanidade

O projeto espacial precisou de todo o conhecimento de física, química e biologia disponível, 18 viagens tripuladas e oito anos de desenvolvimento para ser cumprido. A NASA estima que 400 mil engenheiros, cientistas e técnicos trabalharam nas variadas fases e subfases do programa norte-americano. Tudo isso possibilitou os passos de Armstrong e Edwin “Buzz” Aldrin na superfície cinzenta e empoeirada de nosso único satélite natural, enquanto Collins pilotava sozinho o módulo de comando Columbia, em órbita. Um feito da humanidade que deve se repetir em 2022.

Sacanagens de Bolsonaro

A propósito de Lua e Brasília, o presidente Jair Bolsonaro parece ter pirado de vez. Num único dia, na última sexta-feira (19), ele arranjou confusão por mais de metro: com a Rede Globo, após ofender a jornalista Mírian Leitão, depois ao dizer que no Brasil ninguém passa fome e à noite bateu boca com a ex-prostituta Bruna Surfistinha, por conta de um filme sobre sua vida e cuja história foi às telas interpretada pela atriz Débora Secco, visto no país por mais de 15 milhões de pessoas. Bolsonaro disse que, sob seu governo, a Asacine (Associação Nacional de Cinema), ligada ao extinto Ministério da Cultura, não produzirá novos filmes sobre prostituição e pornografia, “em respeito às famílias brasileiras”.

Levou uma paulada do colunista da “Folha”, José Simão. Disse o colunista: em sete meses de Governo, Bolsonaro já fez mais sacanagens com o país do que a Bruna Surfistinha em sua vida toda.

Alan Rick e o Revalida

Pode haver outros, mas o principal padrinho dos brasileiros que estudam medicina no exterior, principalmente na Bolívia, é o deputado Alan Rick ((DEM-AC), que conseguiu, com sua luta e dedicação ao tema, o anúncio, do MEC (Ministério da Educação e Cultura), de que o Exame Nacional de Revalidação de Diplomas Médicos expedidos por Instituições estrangeiras, o Revalida, passará a ter duas provas por ano. Isso aumenta as chances de os brasileiros formados no exterior.

Ação elogiosa

Com isso, os profissionais passam a ter a oportunidade de uma segunda fase do processo. O anúncio veio coroar o esforço de Alan Rick na defesa de mais de uma edição por ano do Revalida e que isso foi obtido por coincidir com os desejos do governo do presidente Jair Bolsonaro. Não foi uma nem duas vezes que o deputado foi bater às portas do Ministério da Educação na defesa de projeto sobre o tema, o que deve beneficiar centenas de acreanos se formaram em Medicina no exterior, principalmente na Bolívia. O típico caso de uma ação parlamentar que merece elogios.

“Faz escuro mas eu canto”

Na Capital, surge a informação de que a proposta da prefeita Socorro Neri (PSB) de contratar R$ 44 milhões para comprar lâmpadas de Led para Rio Branco vai parar na Justiça. Autorizado pela Câmara Municipal, onde a prefeita tem maioria, o empréstimo para a aquisição da nova planta de iluminação, um vereador e advogado está só à espera do início da licitação para ir à Justiça. O vereador diz que em Belo Horizonte, a capital de Minas Gerais, a unidade de substituição das lâmpadas saiu ao preço de pouco mais de R$ 500,00. Aqui em Rio Branco vai chegar à casa dos mais de R$ 1 mil. É aí que mora o problema. O vereador que esclarecer essa escuridão no processo de iluminação. É antítese do poema “Faz escuro mas eu canto…”.

Irritação visível

Um amigo do governador Gladson Cameli passou a informação de que já é visível a irritação do governante com a secretária de Saúde, Mônica Feres. O governador tem dito que ela ainda tem saldo positivo, mas deve lhe conceder um prazo exíguo, já na próxima semana: ou começa a dar sinais de que vai resolver o problema ou lhe entregue o boné. O nome de José Bestene, o deputado estadual que um dia comandou o sistema de saúde do Estado e que parece entender do riscado, começou a ser de novo lembrado.