João Oliveira da Silva, de 32 anos, chegou a Cruzeiro do Sul, na última quarta-feira (10) e aguarda passagem para voltar para sua casa na comunidade Boa Vista, que fica a 1 um dia de barco da cidade de Marechal Thaumaturgo.
Ele estava em tratamento na Unidade de Queimados do Hospital Regional da Asa Norte (Hran) em Brasília e recebeu alta na semana passada.
Ele teve 30% do corpo queimado e foi encaminhado para Brasília depois da explosão de um barco no dia 7 de junho no porto de Cruzeiro do Sul. Ele conta que estava acompanhando o tratamento de sua mãe em Cruzeiro do Sul e retornaria para sua comunidade no barco que explodiu quando era abastecido com 5 mil litros de gasolina.
Sobre o acidente, ele disse que não lembra de quase nada. “Foi uma coisa muito ligeira. Não sei nem como incendiou aquele barco. Só lembro que cai na água depois não lembro de mais nada”, contou.
Silva ficou apenas com cicatrizes nas pernas e nos braços e disse que lamenta pela morte das outras pessoas, inclusive de seu tio, Valdir Torquato da Silva, de 51 anos. Mas, o homem que teve uma nova oportunidade de vida agradece por ter sobrevivido ao grave acidente.
“Eu estou bem e vou para casa, graças a Deus eu escapei. Tenho fé de voltar para minha casa e continuar a vida”, comemora.
Além de João da Silva, mais quatro feridos na explosão que estavam no Hran, em Brasília, já receberem alta e voltaram para o Acre. Da explosão, ainda existem quatro pacientes em tratamento no Hospital João XXIII, em Belo Horizonte (MG), entre eles, uma criança de 4 anos de idade. Estes ainda encontram-se em estado grave.
Das 18 pessoas que saíram feridas na explosão do barco no dia 7 de junho, no porto de Cruzeiro do Sul, seis morreram durante o tratamento. Além dos pacientes que estavam em Brasília, mas quatro feridos que não precisaram ser transferidos de Cruzeiro do Sul também já foram liberados pelos médicos.
Seis pessoas não resistiram e morreram após o acidente. São elas:
Por Mazinho Rogério