Os dois foram indiciados por homicídios e devem ir à Júri Popular pela morte da pequena Maria Cecília, morta em março deste ano após ingestão de leite artificial de forma proposital
O agente da Polícia Federal Dheymersonn Cavalcante, que trabalhou em Cruzeiro do Sul e Marechal Thaumaturgo, matou sua filha Maria Cecíla, de apenas dois meses de vida, em conluio com sua mãe e avó da criança, Maria Gorete, que veio de Alagoas para Rio Branco como parte do plano de eliminação da criança. O crime foi cometido com a ingestão de leite artificial pela criança, que se alimentava apenas de leite materno. Os dois sabiam que a criança, alimentada desta forma, poderia morrer e a intenção de fato era esta. .
Estas são as principais conclusões do inquérito da Polícia Civil sobre a morte das criança e Dheymersonn Cavalcante e sua mãe Maria Gorete foram indiciados criminalmente por homicídio doloso qualificado, quando há a intenção de matar. Isso significa, de acordo com o inquérito, que filho e mãe premeditaram a morte da criança e devem ir à Júri Popular.
O inquérito chegou ao Ministério Público do Acre (MPAC) na manhã desta quarta-feira (3), em Rio Branco. O agente federal e sua mãe respondiam pelo crime em liberdade e agora devem ter suas prisões preventivas solicitadas à Justiça.
ENTENDA O CASO
Dia 8 de março de 2019, o policial federal foi a uma residência onde estava hospedada a mãe da criança, Micilene Souza, uma cidadã de Marechal Thaumaturgo, que ele conheceu quando trabalhou no município, com a qual teve um namoro e disso geraram a criança. A mãe da criança disse ter sido chamada a Rio Branco pelo agente federal para poder registrar a criança e mostrá-la a família.
Micilene Souza, num primeiro momento, ficou reticente porque, segundo ela, o policial federal rejeitou a gravidez e chegou a propor inclusive que ela abortasse. No entanto, atendeu ao convite para vir a Rio Branco achando que ele havia se arrependido.