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sábado, novembro 9, 2024

Polícia civil concluí que agente federal e sua mãe mataram bebê de 2 meses

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Os dois foram indiciados por homicídios e devem ir à Júri Popular pela morte da pequena Maria Cecília, morta em março deste ano após ingestão de leite artificial de forma proposital

O agente da Polícia Federal Dheymersonn Cavalcante, que trabalhou em Cruzeiro do Sul e Marechal Thaumaturgo, matou sua filha Maria Cecíla, de apenas dois meses de vida, em conluio com sua mãe e avó da criança, Maria Gorete, que veio de Alagoas para Rio Branco como parte do plano de eliminação da criança. O crime foi cometido com a ingestão de leite artificial pela criança, que se alimentava apenas de leite materno. Os dois sabiam que a criança, alimentada desta forma, poderia morrer e a intenção de fato era esta. .

Estas são as principais conclusões do inquérito da Polícia Civil sobre a morte das criança e Dheymersonn Cavalcante e sua mãe Maria Gorete foram indiciados criminalmente por homicídio doloso qualificado, quando há a intenção de matar. Isso significa, de acordo com o inquérito, que filho e mãe premeditaram a morte da criança e devem ir à Júri Popular.

O inquérito chegou ao Ministério Público do Acre (MPAC) na manhã desta quarta-feira (3), em Rio Branco. O agente federal e sua mãe respondiam pelo crime em liberdade e agora devem ter suas prisões preventivas solicitadas à Justiça.  

ENTENDA O CASO

Dia 8 de março de 2019, o policial federal foi a uma residência onde estava hospedada a mãe da criança, Micilene Souza, uma cidadã de Marechal Thaumaturgo, que ele conheceu quando trabalhou no município, com a qual teve um namoro e disso geraram a criança. A mãe da criança disse ter sido chamada a Rio Branco pelo agente federal para poder registrar a criança e mostrá-la a família.

Micilene Souza, num primeiro momento, ficou reticente porque, segundo ela, o policial federal rejeitou a gravidez e chegou a propor inclusive que ela abortasse. No entanto, atendeu ao convite para vir a Rio Branco achando que ele havia se arrependido.

O policial pegou a criança nos braços e a levou para casa, a pretexto de mostra-la à avo. “Eu avisei que era preciso voltar logo porque ela só se alimentava de leite materno”, disse Micilene, que só foi informada, no final do dia, que sua filha estava passando mal, no hospital. Quando a encontrou, ela já estava sem vida.

Três dias após a ocorrência, Micilene veio a público e depois na polícia para dizer que o crime foi premeditado e que a avó da criança veio de Alagoas apenas para ajudar o filho no plano diabólico para se livrarem da criança. A motivação do crime seria para que o agente federal não pagasse pensão alimentícia.

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