A Polícia Federal deflagrou nesta quarta, 17 de julho, a “Operação Troia”, destinada a desarticular a facção do Comando Vermelho que atua no estado.
Ao total, foram cumpridos cerca de 38 mandados, dentre os quais 20 prisões preventivas e 18 mandados de busca e apreensão. A investigação foi conduzida pela Delegacia de Repressão a Entorpecentes (DRE/AC), especializada no combate a Organizações Criminosas e foi fruto de parceria com o GAECO/AC, grupo especial do Ministério Público acreano.
A operação contou com quase 150 policiais e também com o Comando de Operações Táticas da PF (COT), que foi enviado de Brasília para dar apoio aos cumprimentos de mandados. Uma coletiva deve detalhar como o grupo se organizava para cometer os crimes no estado a partir das 10h [horário do Acre].
Dois advogados foram conduzidos à sede da superintendência da Polícia Federal, em Rio Branco, durante ações da Operação Troia, desencadeada na manhã desta quarta-feira (17). Eles são suspeitos de serem mensageiros de presos do Regime Disciplinar Diferenciado (RDD).
“Os advogados eram garotos de recado, integravam a organização criminosa. E também vão ser responsabilizados como membros de facção. Os advogados e alguns parentes são quem têm acesso aos presos do RDD e estão lá justamente por causa da periculosidade e evitar que tenham contato com outros membros e os advogados facilitavam isso”, disse o delegado Fares Feghali.
Ainda segundo o delegado, esse contato facilitava que os chefes passassem os comandos de ataques, julgamentos de membros, sobre a vida e morte, espancamento e assassinato de membros de facções rivais.