Estado monitora ações de combate ao trabalho infantil em Porto Walter

Com objetivo de orientar, capacitar, monitorar e garantir apoio técnico, o Governo do Estado do Acre, por meio da Secretaria de Estado de Assistência Social, dos Direitos Humanos e de Políticas para Mulheres (SEASDHM), realiza nos dias 15 a 20 de julho, no município de Porto Walter, o monitoramento das ações estabelecidas no plano de ação recomendado pelo Ministério Público do Trabalho (MPT) em decorrência do alto índice de trabalho infantil.

A ação deve ser aplicada nos outros municípios do Vale do Juruá, pois há ocorrências de trabalho infantil nas casas de farinha da regional. A atividade será composta de reuniões, aproveitamento de instrumentais de monitoramento específicos e visitas a comunidades rurais.

Para o coordenador Estadual do Programa de Erradicação do Trabalho Infantil (PETI), Elissandro Freitas, atuações como essa são importantes para solucionar a grave problemática do trabalho infantil que priva crianças e adolescentes da possibilidade do pleno desenvolvimento, de sonhar com um futuro melhor, de romper com o ciclo da pobreza.

“É fundamental o envolvimento de toda sociedade para romper talvez o maior obstáculo: o fator cultural. Quando se vê uma criança em situação de pobreza a sociedade tende a enxergar apenas dois caminhos, o da ‘criminalidade’ ou do trabalho. É necessário enxergar e lutar pela terceira via, a via do acesso a políticas públicas de qualidade que venham garantir direitos como educação, cultura, esporte, lazer, educação, saneamento, trabalho e renda”, ressaltou Elissandro Freitas.

A secretária Municipal de Assistência Social de Porto Walter, Marinete Cunha, disse que houve avanços com o diagnóstico das situações e no acompanhamento pela equipe do Centro de Referência de Assistência Social (CRAS), inclusive pelo Governo do Estado, que está presente oferecendo apoio técnico e orientando acerca das ações.

“Um dos maiores desafios é alcançar a zona rural onde há a maior incidência de trabalho infantil e a falta de oportunidades devido à distância e o acesso extremamente difícil”, destacou a secretária.