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sexta-feira, dezembro 27, 2024

Denúncias ao MPF, TCU e Polícia Federal mostram irregularidades na Amac

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Ex-presidente Marilete Vitorino, o atual coordenadora Marcio Neri e outra servidora são acusados de uma série de crimes dentro da organização, além de desvios de dinheiro público

 

Uma denúncia feita de forma sigilosa – na qual é garantida preservação da identidade do nome do autor, a qual só as autoridades têm acesso –, mas devidamente protocolada junto a órgãos de controle como o Tribunal de Contas da União (TCU) e o Ministério Público federal (MPF), pode vir a deixar bem encrencados a ex-presidente da Associação dos Municípios do Acre (Amac), Marilete Vitorino, prefeita de Tarauacá, e o atual coordenador da entidade, Marcio Neri, que vem a ser sobrinho da atual presidente, a prefeita de Rio Branco, Socorro Neri, além da servidora Odicleia Câmara da Costa.

A denúncia foi protocolada em Rio Branco no último dia 13 de junho, com cópia à Polícia Federal, mostrando o claro nepotismo na organização (já que Marcio Neri é sobrinho de Socorro Neri), tráfico de influência por parte do coordenador, além de pagamentos indevidos à Marilete Vitorino e à Odicleia Câmara da Costa, uma engenheira civil que veio a ser nomeada para exercer cargo de presidente da Fundação de Tecnologia do Estado do Acre (Funtac), pelo governador Gladson Cameli, mas continuou a receber como funcionária da Amac.

São crimes de toda ordem: improbidade administrativa, enriquecimento ilícito, lavagem de dinheiro, estelionato, corrupção e peculato. Tudo devidamente documentado em forma de dossiê e, no rol de crimes, consta que Marcos Neri, além de receber vantagens indevidas, utiliza servidores da Amac para a prestação de serviços em municípios fora do Estado do Acre, como ocorreu em Barcelos, no Amazonas, através da empresa de nome Network Tecnologia e Engenharia Eireli. O proprietário da empresa vem a ser exatamente Marcos Neri, o que caracterizaria tráfico de influência. O coordenador também é denunciado por assédio moral ao tentar demitir um servidor com 20 anos de serviços à Amac exatamente porque o funcionário teria se recusado a cumprir suas ordens de caráter irregulares.

Outra denúncia se refere à servidora Odiclea Câmara da Costa, atual presidente da Funtac. Ela teria recebido dinheiro em duplicidade, desde o mês de janeiro de 2019, quando foi nomeada para a Funtac mas continuou recebendo normalmente da Amac. Juntados os recursos que ela recebeu da Amac e do governo do Estado, Odiclea Câmara levou para casa mais de R$ 140 mil.

Associação dos Municípios do Acre não é uma organização pobre. Seu orçamento mensal é de mais de R$ 430 mil mês, recursos de subvenções dos 22 municípios que contribuem para manter os escritórios de Rio Branco e Brasília. A contribuição do Município de Cruzeiro à entidade, para se ter uma ideia dos valores recebidos, foi de mais de R$ 32 mil no último mês de março, revela a denúncia.

Outra denúncia envolvendo pagamentos irregulares atinge em cheio a ex-presidente da entidade. Marilete Vitorino teria recebido, além de passagens aéreas, diárias superiores a R$ 11 mil. A irregularidade estaria na vedação, pelo estatuto da Amac, de pagamentos deste tipo de benefício para o conselho curador da entidade.

 

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