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sábado, novembro 23, 2024

“Justiça não ajuda e deu nisso”, diz pai que tentou a guarda de menino esquartejado

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O pai do garoto Rhuan, 9, que foi morto pela mãe e a companheira dela, procurava o filho havia cinco anos, tinha obtido a guarda dele na Justiça e buscou a polícia e o Conselho Tutelar para ajudá-lo. A procura terminou no sábado (1), quando Rosana Auri da Silva Candido foi presa suspeita de matar Rhuan, enquanto ele dormia. Após o crime, a mãe disse à polícia que esquartejou e tentou queimar o corpo em uma churrasqueira um dia antes.

“Tentamos salvar o Rhuan. Postamos nas redes sociais, procuramos polícia e Conselho Tutelar. Ninguém nos ajudou”, desabafa Maycon Douglas Lima de Castro, pai de Rhuan, em entrevista ao UOL.

Ele disse que manteve um relacionamento com Rosana por dois anos. Depois que Rhuan nasceu, os dois se separaram. O motivo do rompimento, segundo Maycon, foi a traição dela ao se relacionar com Kacyla Priscyla Santiago Damasceno Pessoa, 28, presa suspeita de ajudar no crime cometido na sexta-feira (31).
Após se separar do homem, a mãe do menino fugiu do Acre e não entrou mais em contato com os familiares. Com a namorada, morou em Sergipe, Goiás e no Distrito Federal. Maycon acionou a Justiça e obteve a guarda provisória de Rhuan em novembro de 2015, em decisão do juiz Romário Divino Faria, da 2ª Vara da Infância e Juventude de Rio Branco.

Apesar da decisão, o pai jamais conseguiu localizar o filho. A família paterna divulgou nas redes sociais a foto do garoto e pedia informações sobre o paradeiro dele, mas nunca obteve sucesso.

“Meu pai que me contou a notícia (do assassinato de Rhuan). Quando vi as fotos das duas não acreditei, a ficha não caiu. Quando meu filho desapareceu, todos ficamos desesperados. Éramos todos apegados a ele. Nunca desistimos de nada. Mas a Justiça do Brasil não ajuda e o resultado foi esse”.

Antes do crime, o pai chegou a receber informações de que o filho estaria no Distrito Federal. Desempregado, ele juntava dinheiro para ir atrás da criança. O menino será enterrado na quarta-feira (5) no Acre. O Ministério Público do estado será responsável por arcar com os gastos do traslado do corpo.

Com informações do UOL

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