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sexta-feira, novembro 22, 2024

Com pouco mais de 10 mil cadastros, Acre é o estado com menor nº de doadores do país

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O Acre é o estado do Brasil com menor número de doadores de sangue. Isso é o que mostra um levantamento do Ministério da Saúde, divulgado na sexta-feira (14), Dia Mundial do Doador de Sangue. No país, o estudo mostra que de cada mil pessoas apenas 16 doam sangue.

São apenas 10.568 mil doadores cadastrados em todo estado acreano. Os três estados com os menores números de doadores são da região Norte. No ranking dos piores números, Roraima fica em segundo lugar, com 11.947 mil e Amapá em terceiro, com 13.392 mil doadores.

“Isso é uma questão cultural, as pessoas não têm uma conscientização da importância da doação de sangue. Crianças precisam de plaquetas, que são de doadores com sangue muito bom. Tem as cirurgias no estado também, tanto as eletivas como as de urgências, mas notamos que não há um interesse da população”, explicou a gerente administrativa do Centro de Hematologia e Hemoterapia do Acre (Hemoacre), Milena Dias.

Mudança

Milena falou que essa falta de interesse da população é o principal ponto trabalhado pela nova gestão para atrair mais doadores. Segundo ela, a comunicação com as pessoas pode ajudar nessa busca.

“Estamos buscando uma conscientização em geral da população para poder mudar o quadro. Vemos que, entre tudo que está dentro das nossas possibilidades, ainda falta alguma coisa: a comunicação. Acredito que falta ter um olhar especial para o Hemoacre. Muita gente nem sabe onde fica o Hemoacre e procuramos colocar sempre o Hemoacre na mídia para chamar a atenção das pessoas”, diz.

Uma bolsa de sangue pode ajudar até quatro pessoas — Foto: Reprodução

Doações

Uma equipe da Rede Amazônica esteve no Hemoacre para explicar um pouco mais sobre como são feitas as doações. O doador precisa seguir quatro passos: cadastro, triagem hematológica, triagem clínica e a coleta, que dura entre seis a dez minutos. Cada doador pode ajudar até quatro pessoas.

“Há crianças que precisam de sangue, um pai de família que vai fazer uma cirurgia. Nós, como sociedade, precisamos estar sensibilizados da importância da doação de sangue”, explicou Milena.

O agente penitenciário Ricardo Cavalcante doa sangue há mais de 20 anos. Tudo começou depois que o avô dele precisou.

“Seria interessante que todas as pessoas tivessem a atitude de ajudar o próximo, porque é só através da doação de sangue que podemos agilizar cirurgias, tratamentos e poder estar sempre próximo do outro”, declarou.

O agente de Polícia Civil Lincoln Alves doou sangue pela primeira vez em 1994, quando ainda não era um doador assíduo. Há três decidiu ter outra atitude e fez da doação um hábito.

“Pra mim é uma coisa tão natural que me sinto bem como ser humano em ajudar o próximo. É uma sensação de dever cumprido de um cidadão”, frisou.

Por Aline Nascimento e Guilherme Barbosa, G1
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