Uma denúncia levou voluntárias a resgatarem um cachorro que estava sozinho dentro de um apartamento do bairro Aeroporto Velho, em Rio Branco. Segundo as voluntárias, o animal estava sem comida e água há mais de duas semanas.
O animal foi levado para uma clínica veterinária da capital acreana, onde é atendido e medicado. O resgate foi feito por voluntárias da ONG Patinha Carente, no início da tarde desta terça-feira (18).
A irmã do dono do animal, que fez a denúncia de maus-tratos, disse que o rapaz passava o dia fora de casa, mas voltava durante a madrugada. Porém, segundo ela, há cerca de três semanas que ele não retorna para casa.
“Pertence ao meu irmão mais novo e proibia a gente de pegar no cachorro, que ficou muito agressivo com a gente. Foi embora e abandonou o cachorro. A gente sempre colocava comida pela janela, mas chegou ao ponto do cachorro querer me morder”, afirmou.
Ainda segundo a moradora, o animal tem cerca de seis meses e sempre foi criado preso dentro do apartamento do dono.
“Chamei meu irmão, que arrombou a porta do quarto e tiramos ele de dentro. Minha casa é embaixo e o apartamento fica na parte de cima. É [herança] de família, tem o quarto dele e criou o cachorro dentro do quarto, pegou ele bem pequeno”, contou.
Resgate
A servidora pública Luécia Carvalho explicou que o animal não consegue comer porque o estômago está fragilizado. De acordo com ela, o cão não tinha comida e nem água no local.
“Levamos ele para clínica e está sendo medicado Não consegue comer normalmente por entrar em convulsão, o estômago não tem mais resistência para comer, apesar de ter muita fome”, lamentou.
Ao receberem a denúncia, as voluntárias se mobilizaram para conseguir um apadrinhamento, já que a ONG não tem condições de custear as despesas. Luécia afirmou que a ONG tem uma dívida de R$ 16 mil com clínicas veterinárias do estado.
“Como não estamos podendo custear os tratamentos, procuramos um apadrinhamento. Uma pessoa se prontificou a pagar o tratamento dele, só não pode ficar com ele, mas disse que poderíamos levar para uma clínica”,
Além da servidora pública, o resgate contou com a ajuda das voluntárias Júlia Vitória e Gessi Holanda. Agora, a equipe tenta conseguir um lar para o animal quando sair da clínica.
“Estamos procurando uma adoção para ele porque não temos onde colocá-lo quando sair da clínica. Ninguém se prontificou para adotá-lo”, frisou.