Um grupo de servidores e pacientes do Centro de Atendimento Psicossocial (Caps) chamou a atenção no Centro de Cruzeiro do Sul durante a manhã desta quarta-feira (15). O ato foi promovido pelos servidores do centro como forma de orientar e alertar a sociedade da segunda maior cidade do Acre para os cuidados com os pacientes que precisam de tratamento psiquiátrico.
A atividade faz parte da programação do dia da luta antimanicomial, comemorada no dia 18 de maio. Os servidores do Caps reuniram os pacientes em praça pública para divulgar as ações que são desenvolvidas voltadas para o tratamento das pessoas que são acompanhadas pelos profissionais do centro.
“Hoje queremos mostrar que existe um tratamento humanizado que não seja apenas em um hospital psiquiátrico. Que o Caps tem as portas abertas e qualquer um que está em sofrimento mental pode ir lá que tem uma equipe multidisciplinar com psicólogos, enfermeiros, terapeuta ocupacional, assistentes sociais, técnicos e médicos. A gente quer mostrar que esse trabalho dá certo”, afirmou a psicóloga Clésida Saraiva.
Durante a atividade desta quarta, os servidores do Caps envolveram os pacientes em apresentações de dança e música, promoveram atividades físicas e de lazer. Os pacientes também fizeram uma demonstração do trabalho de confecção de brinquedos artesanais a partir de produtos recicláveis e de outras terapias ocupacionais que participam.
Na cidade acreana, que tem quase 90 mil habitantes, não existe hospital psiquiátrico io e todos os pacientes com transtornos mentais recebem atendimento no Caps. De acordo com a direção, são mais de 9 mil pessoas de Cruzeiro do Sul e mais cinco cidades, acompanhadas pelas equipes de profissionais que atendem uma média de 60 pacientes por dia.
“Temos pacientes com depressões graves, como esquizofrenia e bipolaridade. Tem pessoas que não têm transtornos, apenas têm um sofrimento psíquico intenso. Temos um público bem diversificado. O importante é que a gente atende crianças, adolescentes, adultos, idosos com transtornos mentais graves e também pelo uso de excessivo de álcool e outras drogas”, destaca da coordenadora do Caps, Cristina Messias.