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quinta-feira, novembro 21, 2024

O Parlamento – Aperto de mãos e sem tapete puxado

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A reforma da reforma não apareceu, Gladson consegue uma vitória na Aleac com o novo líder – nomeação de um quadro qualificado para o Acreprevidência – e CPI da Energisa ainda não andou. E teve mais reclamações ao governo Cameli, a nova gestão do Acre, nesta terça-feira, 14, na sessão da Assembleia Legislativa do Acre (Aleac).

Diálogo

Hoje foi o primeiro dia na casa com a liderança oficial de Luiz Tchê (PDT), já que Gladson anunciou publicamente na última sexta-feira sua decisão. E já teve a primeira vitória para o governo, essa bem fácil, com a aprovação do nome de Francisco Assis para o Acreprevidência.

Assim fica fácil

Vitória fácil, porque todos conhecem a história de Assis dentro da previdência estadual. E quem acompanhou, no último ano, os debates para uma possível reforma do Acreprevidência, viram com Assis domina todos os dados, cálculos e sabe bem de onde vem o problema que este benefício se tornou para a gestão estadual. Foi uma vitória da teimosia política, que não aceitou o nome Alércio Dias em uma tentativa de imposição de Gladson.

Aperto de mãos

O que se viu hoje foi um Tchê bem mais tranquilo, andando pelo plenário, conversando com a base, oposição e independentes. Até mesmo com o antigo líder, Gerlen Diniz, foi flagrado em um clima bem ameno, ao contrário da tensão das duas últimas semanas. “Sozinho, eu não chego a lugar nenhum”, disse Tchê. Isso contrasta bem com uma das últimas falas de Diniz na tribuna: “Se puderem puxar seu tapete, puxam”.

Reforma e CPI

Segundo Tchê, a reforma da reforma deve chegar assim que alguns acertos forem feitos com a base e a equipe técnica do governo. O que seriam essas questões? Bem, isso foi debatido em uma reunião na terça, pelo fim da tarde. Já a CPI da Energisa está devagar. Ontem deveria ser decidido o presidente, vice e relator da comissão. Nada ainda.

Ar-condicionado para os alunos

Roberto Duarte (MDB) usou a tribuna, para entre outras coisas, reivindicar do governo ação para ligar os ar-condicionados da escola João Ribeiro em Tarauacá. O parlamentar também cobrou, com ainda mais firmeza, que o Estado tome providências para resolver a questão da balsa em Xapuri. “Já passou o tempo de só reclamar. Espero que o governo comece a dar resposta”, afirmou.

Mais balsa

Edvaldo Magalhães (PCdoB) engrossou o caldo contra o descaso com a população de Xapuri, principalmente da Sibéria. Ele lembrou que é possível sim ter ações emergenciais para consertar a balsa, isso ele fala com experiência de quem buscava soluções inovadoras para problemas complexos na gestão. Um dos problemas, segundo ele, é que o próprio governo dificulta seu processo licitatório, com o decreto que obriga a ter cotações de fora do estado.

Por que Manaus?

Por falar em fora do estado, ontem ficou o questionamento, por que tantas empresas de Manaus prestando serviço para o governo? Daniel Zen (PT) trouxe a denúncia que escolas rurais de Porto Acre estão sem aula, até agora, pasmem, porque o estado não contratou os barqueiros. E adivinhem, o governo contratou uma empresa de Manaus, no Amazonas, para fazer o transporte de alunos e professores pelo Rio Acre, em Porto Acre.

Vão transferir para Manaus

Fagner Calegário (PV) também questionou esse desejo de contratar empresas de Manaus. Ele disse que tem recebido mensagens de empresários que querem transferir seus negócios para o Amazonas, para ver se assim têm chance de serem contratados pelo governo. “O que me preocupa é que o governo está brincando quando se trata da contratação de empresas dentro do nosso estado”, afirmou.

A imprensa dona da casa

Depois de Gerlen Diniz dizer que a imprensa foi uma das culpadas pela sua queda na liderança do governo, ontem foi a vez de Calegário fazer graça com os meios de comunicação e o Estado. “Parabéns à imprensa, que vem se consolidando como veículo oficial entre a Casa civil e a Assembleia. Primeiro a gente fica sabendo pela imprensa”, afirmou.

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