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quarta-feira, novembro 27, 2024

Em Cruzeiro do Sul, motoristas particulares dizem que gastos com gasolina levam 60% do faturamento

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Com o reajuste do dia 1º de maio, o litro da gasolina que custava, em média R$ 5,24, em Cruzeiro do Sul, interior do Acre, passou para R$ 5,58.

O aumento no preço do combustível preocupa os motoristas dos transportes particulares que, mesmo com o aumento das despesas, preferem manter o preço dos serviços para não perder os clientes.

Todas as categorias de motoristas da segunda maior cidade do Acre reclamam do reajuste do combustível. Os condutores de transportes de cargas afirmam que estão há mais de cinco anos sem aumentar o valor dos seus serviços, enquanto a gasolina já subiu de preço diversas vezes.

“É um absurdo, acho o preço da gasolina abusivo. Está a cada dia ficando mais difícil, pois o combustível leva mais de 60% do faturamento e com as outras despesas, quase não temos mais lucro”, disse o representante da categoria, Ademar Barbosa.

Para os mototaxistas, o jeito é suportar a redução da renda, já que a categoria avalia que não há possibilidade de repassar o valor do reajuste da gasolina na tarifa para os consumidores.

“Se a gente aumentar o preço, fica ainda mais difícil para nós, porque a categoria foi criada para atender pessoas de baixa renda que não podem pagar um valor de R$ 10 numa viagem dentro do Centro da cidade. Se a gente for aumentar, vamos perder clientes. Então, ainda vamos manter o preço, com a menor tarifa de R$ 6”, disse Francisvaldo Nobre, presidente do sindicato dos mototaxistas.

Fretistas dizem que não pensam em aumentar o preço dos serviços em Cruzeiro do Sul  — Foto: Mazinho Rogério/G1
Fretistas dizem que não pensam em aumentar o preço dos serviços em Cruzeiro do Sul — Foto: Mazinho Rogério/G1

Os taxistas também descartam a possibilidade de aumento no preço dos serviços.

“Já está ruim de negócios para nós e, se aumentar, fica mais difícil. Por enquanto temos que aguentar. Não está fácil porque a gasolina sempre aumenta e nós estamos com a mesma bandeira desde 2015. Está, inclusive, defasada há muito tempo porque essa bandeira é baseada em aumento da gasolina, do pneu e de outras despesas”, reclama o presidente do sindicato dos taxistas, Adriano Santos.

Por Mazinho Rogério
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