Uma moradora de Cruzeiro do Sul relatou, em suas redes sociais, o atropelamento cruel e intencional de seu animal de estimação. Com exclusividade o “Juruá em Tempo” adquiriu as imagens através da câmera de monitoramento do Ciospe.
No vídeo é possível percebemos que o cachorro já vinha sendo seguido pelo condutor da caminhonete, antes de dobrar a esquina, e já em frente à casa de seus donos, antes de entrar no portão que estava aberto, foi atropelado intencionalmente.
Percebemos também que enquanto o animal ficava agonizando no solo o motorista seguiu seu caminho normalmente como se nada tivesse acontecido. Uma verdadeira crueldade com um animal e uma família que tinham convivência de 13 anos juntos.
Em seu depoimento, é possível perceber o amor que tinha pelo cachorro e o tamanho da crueldade que o motorista teve.
“Hoje, 25 de maio, às 7h45min14seg, um ser Desumano tirou o pipoca de mim da forma mais cruel que vocês possam imaginar. Tinha uns 3 minutos que ele tinha saído. Nas gravações da câmera vemos o animal dirigindo uma caminhonete perseguindo o Pipoca lentamente e passando o carro por cima”, relata Suelen Teles.
Ela explica que o animal era dócil e não representava perigo para nenhum dos vizinhos, e já fazia parte de sua rotina dar uma volta na frente de sua casa e em seguida voltar. “Acredito que todos os moradores do nosso bairro conheciam o Pipoca. Saía, fazia o que tinha que fazer e voltava. Se o portão estivesse fechado ele chamava para abrirmos. Era de uma inteligência incomum”, afirma.
Ela busca agora justiça para aquele que, como afirma, matou de forma intencional um ser vivo que não fazia mal a ninguém. O Juruá em Tempo irá acompanhar o caso.
Veja a publicação:
Há 13 anos ganhei um cãopanheiro. Um poodle de 3 meses que estava tão assaranhado que parecia pipoca (eis o motivo pelo qual recebeu seu nome: PIPOCA). Morava com meus pais e o Pipoca sempre fugia pelas grades para namorar. Sumia. Ficava dias fora de casa. Voltava magro, todo machucado, mas feliz. Era o cão coragem. Enfrentava qualquer bicho, independente do tamanho. Partia para briga para defender os seus. Casei. Na época não tínhamos como levá-lo conosco, então ele continuou com meus pais. Ajustamos as coisas (estrutura física) em casa e trouxemos o nosso cãopanheiro pra junto de nós. Isso nos causou uma angústia pq nossa casa não tinha grades, o muro totalmente fechado, Pipoca acostumado a viver na rua por conta das fugas… pensamos que ele não se adaptaria ao novo lar. Para nossa surpresa ele amou a casa nova. Era o dono do pedaço. Tinha seu cantinho, a casa só para ele, seu salão semanal, os cuidados devidos, mas de uma coisa ele não abria mão: sua voltinha pelo bairro. Acredito que todos os moradores do nosso bairro conheciam o Pipoca. Aquele que não podia ver o portão aberto que saía para dar uma voltinha e fazer suas necessidades fisiológicas (pq ele não fazia dentro de casa… só se estivesse nas últimas mesmo). Saía, fazia o que tinha que fazer e voltava. Se o portão estivesse fechado ele chamava para abrirmos. Era de uma inteligência incomum.
Hoje, 25 de maio, às 7h45min14seg, um ser DESumano tirou o pipoca de mim da forma mais cruel que vocês possam imaginar. Tinha uns 3 minutos que ele tinha saído. Nas gravações da câmera vemos o animal dirigindo uma caminhonete perseguindo o Pipoca lentamente e passando o carro por cima. Ele nem gritou… não teve tempo pra isso. O carro acelera e vai embora. O animal (cujo nome não posso citar, embora vontade não me falte) matou meu cãopanheiro na frente da nossa casa, com o portão totalmente aberto e não teve a consideração de parar, de nos comunicar… não sentiu remorso algum. Meu coração está em pedaços. A gente entra em casa e não tem mais ninguém para nos receber com toda alegria e vivacidade. A gente abre a porta de casa e ninguém mais vem brincar. A gente senta na cadeira e ninguém mais vem aos nosso pés em busca de carinho (pq ele era o ser mais carente do mundo). Não tive tempo de me despedir. Não falei com ele hoje pq dormi até mais tarde. Quando o vi ele já estava na rua, sem vida, envolto em muito sangue. Não ouvimos nenhum som dele, nenhuma tentativa de freada, e estávamos na sala com a porta e portões totalmente abertos. Um ser maquiavélico, de má índole, perverso e sem sentimento algum resolveu matar intencionalmente um serzinho que só nos trazia alegria… uma parte de nós se foi…
Sua falta será muito sentida!!
Às vezes as pessoas não entendem o amor que se tem por um cãopanheiro, mas saibam que essa é uma dor verdadeira, honesta, sem explicação. No meu coração e na nossa casa existe agora um grande vazio.
Que fiquem as memórias de um cãopanheiro Alegre, carente, valente, livre, inteligente, obediente, compreensivo, divertido, encrenqueiro, defensor e feliz ♥♥.
Descanse em paz, meu velhinho!!