Após 4 dias de greve, alunos retornam às aulas em escolas públicas de Cruzeiro do Sul

Após quatro dias de paralisação, as escolas da rede estadual de ensino de Cruzeiro do Sul, no interior do Acre, retomaram as aulas, nesta terça-feira (21).

A informação foi confirmada pela coordenadora do Núcleo da Secretaria de Estado de Educação e Esporte (SEE), Rute Bernardino.

A paralisação tinha sido uma decisão do Conselho dos Diretores, que alegava falta de condições para manter as ações das unidades de ensino.

Entre as justificativas estavam a demissão das merendeiras das unidades sem justa causa para substituir por outras sem experiência, o atraso no pagamento dos servidores terceirizados e falta de material de consumo.

“Tudo já estava em negociação antes deles pararem. A gente só tinha prazos a seguir, umas coisas dependiam das empresas que contratam as serventes e merendeiras e outras dependiam diretamente da secretaria. Houve essas negociações, umas coisas foram resolvidas, outras estão em andamento e, graças a Deus, entraram em um consenso, as aulas retornaram”, afirmou Rute.

Sobre o atraso nos pagamentos dos servidores terceirizados, a coordenadora afirmou que ainda não foi efetuado. Segundo ela, os pagamentos estão dependendo de liberação do recurso que foi bloqueado pela Procuradoria Geral do Estado (PGE) devido à empresa terceirizada não ter repassado as informações necessárias.

“É bom frisar que não são todas as serventes e nem todas as merendeiras que têm quatro meses de salário atrasado. A secretaria vai fazer o pagamento dessas servidoras, antes era responsabilidade da empresa, que foi à falência, mas a secretaria vai pagar, só está dependendo da liberação desse dinheiro”, disse a coordenadora.

Os dias de aulas perdidos devem ser repostos aos estudantes após o final do primeiro semestre, segundo Rute.

“Agora cabe à escola readaptar seu quadro e enviar à secretaria e nós vamos acompanhar a reposição desses dias. Os pais e alunos, tenho certeza, que não serão prejudicados, porque as escolas são obrigadas a cumprir os 200 dias letivos”, concluiu.

Por Iryá Rodrigues