Major Rocha e general Hamilton Mourão os vices que assustam os titulares

Depois do impeachment da presidente Dilma (PT) os cargos de vices se tornaram muito valorizados no Brasil. A esperteza de Michel Temer (MDB) que “passou a perna” na titular deixou aquela impressão no ar de que a história poderá se repetir a qualquer momento. Coincidência ou não, temos no momento dois vices bastante ativos que preocupam os executivos da presidência da República e do Governo do Acre. E o povo na sua sabedoria comenta nas ruas as possibilidades de virem a tomar o poder.

Caso do Acre
O Major Rocha (PSDB) tem assumido a titularidade muitas vezes com as constantes viagens do governador Gladson Cameli (PP). Nesses períodos têm a caneta na mão para tomar decisões. Como um político bastante ativo Rocha está aproveitando muito bem as oportunidades políticas que têm surgido e sabe usar a mídia a seu favor. Conseguiu um capital político considerável dentro da gestão com indicações de tucanos para pastas essenciais. Tem na irmã, a deputada federal Mara Rocha (PSDB), uma ponte com o “poder central” em Brasília. Assim, mesmo com o fogo cerrado de bastidores do grupo político do ex-prefeito e secretário de articulação Vagner Sales (MDB), o vice se “empodera” a cada oportunidade que surge quando assume o Governo. Muitos já dizem que se tornou o cacique da taba acreana e é quem está dando as cartas. Mas quando indagado, obviamente, que jura lealdade eterna ao titular. No entanto, essa é uma história que está só começando e que terá ainda muitos capítulos pela frente. Agora, não precisa ser um especialista em política para saber que, nesse caso, “se cochilar o cachimbo cai”. Politizados do jeito que são os acreanos esse assunto é constante em qualquer roda em que se trata de politica.

Te cuida Bolsonaro
Os primeiros meses do Governo de Jair Bolsonaro (PSL) têm sido recheados de denúncias. Além dos casos dos “laranjas” do PSL, o próprio Bolsonaro tem criado problemas com as suas desastradas postagens nas redes sociais. Além disso, os filhos do atual presidente criam embaraços no afã de exercerem as suas influências políticas sobre o pai. Sem falar de casos divulgados pela imprensa que questionam ações passadas do senador Flávio Bolsonaro (PSL) relacionadas ao ex-motorista Queirós e figuras atuantes das milícias no Rio de Janeiro. Enquanto isso, o vice Mourão que durante a campanha parecia uma “mosca morta”, vai ganhando protagonismo. Tenta ser mais ponderado e equilibrado sempre minimizando posições radicais do titular Bolsonaro. A minha sensação é que fala diretamente para os eleitores que não votaram no atual presidente. Mas soma ainda aqueles que votaram e se arrependeram. É inegável que a popularidade de Mourão tem crescido. Tanto que o ideólogo de Bolsonaro, o filósofo Olavo de Carvalho, já declarou-se arrependido de ter apoiado o General Mourão para vice. Olavo está vendo o “perigo” evidente para Bolsonaro. Afinal, enquanto um é capitão o outro é general. Sem falar que a força dos militares cresceu enormemente no atual Governo. Praticamente todos os ministérios essenciais são controlados por representantes do Exército Brasileiro. Portanto, se o presidente tiver juízo, deve se preocupar mais em solucionar os sérios problemas enfrentados pelo país e menos com a mídia e redes sociais ou questões ideológicas. Mourão está mais vivo do que nunca, sempre opinando em todos os assuntos e ganhando a simpatia popular. Deve pensar intimamente que se a oportunidade surgir estará pronto para assumir a titularidade. E isso não é impossível de acontecer diante do momento que vivemos no Brasil.

A questão é competência
Considero essa história de “despetização” uma besteira. Obviamente que o governador Gladson Cameli não dará para petistas e “petistas arrependidos” cargos essenciais de comando. Mas não vejo problema no aproveitamento de técnicos competentes indiferente da ligação partidária e ideológica. Ora, o mais importante é o Governo dar certo. Isso que vai garantir a permanência no poder do atual grupo político. Se um “ex-petista” ajudar ao atual “projeto” será mais útil que um “oposicionista” incompetente que pode levar a gestão para o buraco. Ou não?

Será boa a disputa por Rio Branco
Os nomes que têm surgido como possíveis candidatos à prefeitura de Rio Branco são muito bons. A começar pela atual prefeita Socorro Nery (PSB) que é uma gestora competente, apesar dos problemas estruturais do município. Em seguida temos uma disputa para ver em que partido o ex-reitor da UFAC, Minoru Kimpara, deverá se filiar para a disputa. A competência de gestão de Kimpara é indiscutível por aquilo que realizou na Universidade do Acre. Outro que vem com a marca de competência é o atual secretário de infraestrutura Thiago Caetano. Como superintendente do DNIT conseguiu colocar a BR 364 num nível positivo de trafegabilidade como nunca antes visto. Tem ainda o Coronel Ulysses (PSL) que desde o fim da eleição ao Governo já se declarou candidato a prefeito. Portanto, boas opções não faltarão nas eleições de 2020. Façam suas apostas.