Os moradores das comunidades ao longo da BR-364 reclamam que, mesmo com o bilhete da passagem, no dia de viajar ficam aguardando às margens da rodovia e os motoristas não param para pegá-los.
Os representantes das empresas alegam que os motoristas evitam parar nas comunidades temendo a ação de bandidos.
O agricultor Francisco Evandro Mota estava com viagem marcada para esta terça-feira (19). Ele mora em Tarauacá e embarcaria para Rio Branco com um filho que está em tratamento de saúde. Ele conta que chegou com antecedência às margens da rodovia, nesta terça, mas quando o ônibus passou ele acenou várias vezes e não foi atendido.
“É muito complicado, pois a pessoa que está doente, precisa viajar, inclusive tem que ter prioridade. Quem está doente não espera”, reclama Mota, que afirma que outros moradores também já passaram pela mesma situação.
Na manhã desta quarta-feira (20), o agricultor foi a Cruzeiro do Sul para marcar outra data para a viagem. O gerente da empresa que emitiu o bilhete para Mota e o filho afirmou que a viagem deles já foi remarcada.
Segundo Adão Aquino, os motoristas evitam parar nas comunidades ao longo da BR-364 por medo de assaltos, como já ocorreram outras vezes.
“O motorista não querem nem que a gente pegue passageiros, nem para levar para esses trechos, porque tem o pessoal atrás de assaltar, como não tomaram providências, a empresa fica com receio. Mas, já resolvemos o problema desse passageiro”, explica Aquino
Nos últimos meses, foram registrados vários assaltos em ônibus que viajam de Cruzeiro do Sul para Rio Branco. No dia 21 de janeiro, um grupo de bandidos armados interceptou um coletivo e depois de render o motorista e os passageiros obrigaram as vítimas a entregar celulares, dinheiro e outros objetos pessoas. Quatro suspeitos do assaltos foram presos no dia seguinte ao crime.