“Hoje foi comigo, amanhã pode ser com você!”. Foi com essa frase que o, agora bacharel em direito, Felipe Zanon publicou em uma rede social a cerimônia de formatura, ocorrida na noite da última quinta-feira, na Universidade Federal do Acre (Ufac), em Rio Branco.
“Como algumas pessoas sabem, fui vítima de uma abordagem pela Polícia Militar no dia 09/03/19. Passei quatro horas de terror nas mãos de policiais despreparados e violentos”, escreveu.
O cartaz, que o acadêmico apresentou ao público presente, diz o seguinte: “Se a PM faz isso com um bacharel em direito em plena luz do dia, o que não fará na surdina, nas periferias?”.
Na publicação, ele ressalta o fato de os policias terem proferido ofensas e cometido agressões ocorreram com um bacharel em Direito, perante a várias testemunhas.
“No dia da minha formatura, resolvi fazer este protesto, pois todos sabemos como a PM age quando não “é vista”, na “surdina”. Assim, ao invés de compartilhar notícias falsas de sites que só querem “curtidas”, procurem saber o que realmente aconteceu”.
Acusação
Zanon é acusado pela polícia de furar o bloqueio de uma blitz montada na Avenida Antônio da Rocha Viana no início deste mês de março, e, segundo os policiais, teve de ser detido por não obedecer à ordem de parada e tentar fugir do local, quase atropelando um agente.
No entanto, Felipe garante que pode ter havido um engando entre os policiais, pois, segundo ele, perseguiam uma motocicleta idêntica a que ele trafegava na garupa de sua namorada.
“Houve uma confusão. A moto (que a polícia estaria perseguindo) é igual a minha, mas não era eu. Quem estava dirigindo era minha namorada. O policial falou que eu teria que retornar ao local da blitz e eu o questionei: “por qual motivo?”. Segundo ele, estava quase entrando em seu condomínio quando foi abordado pela polícia. “Foi quando me algemaram e me agrediram”, afirma.
Por Thaís Farias – Ac24hrs