Últimas famílias deixam abrigo e retornam para suas casas em Cruzeiro do Sul

Após mais de 20 dias morando no abrigo público de Cruzeiro do Sul, instalado em um ginário esportivo durante a cheia do Rio Juruá, as últimas oito famílias deixaram o local nesta terça-feira, 26. O manancial atingiu a marca de 11, 92 metros nesta terça, ou seja, as águas baixaram 42 centímetros em 24 horas.


Segundo o tenente do Corpo de Bombeiros, Manoel de Souza Melo, as casas que estavam desocupadas passaram por uma vistoria para verificar a possibilidade das famílias retornarem para seus lares.
“Após esse período de estadia no abrigo, essas famílias estão retornando para suas residências, que já não correm tanto risco porque o rio está bem abaixo da cota de transbordamento”.
Do total de famílias, cinco serão encaminhadas para o aluguel social, pois tiveram suas casas danificadas pela enchente. Durante o período de cheia, 123 famílias foram encaminhadas para o abrigo público.
“O prefeito Ilderlei está trabalhando nesse projeto da construção das residências para que essas pessoas sejam contempladas. Nós temos o cadastro das pessoas que moram em situação de risco e, baseado nisso, fazemos o monitoramento dessas famílias para que elas tenham assistência e apoio do município”.
Apesar da vazante do Rio Juruá, o tenente não destarca a possibilidade de o manancial voltar a subir. “Não será uma enchente que vai atingir essas famílias que já estão retornando. Se, de repente acontecer uma situação atípica, a Defesa Municipal está preparada para acionar o plano de contigência novamente”.
Moradora do bairro Miritizal, Maria Josiana, de 38 anos, estava há nove dias morando no abrigo e retornou para sua casa nesta terça, 26. Há quatro anos ela precisa sair de sua casa por causa da cheia do rio.
“Estou muito animada. A água baixou e está tudo seco lá. A minha casa ficou triste, caiu tudo, mas disseram que iriam lá dar uma olhada”.