O pintor automotivo Maiko Ezitio Alves, de 28 anos, saiu de casa, no bairro Caladinho, em Rio Branco, para entregar currículos sem saber que faria uma boa ação ao fim do dia. O rapaz voltava para casa quando encontrou o telefone do jornalista Tácio de Brito na rua e resolveu devolver o aparelho.
Alves tinha deixado um currículo em uma concessionária na região do Segundo Distrito da capital acreana. Sem trabalho há mais de um ano e sem um aparelho celular, o rapaz disse que pensou em ficar com o telefone, mas algo falou para ele que o dono precisava mais.
“Estava até precisando de um celular e fiquei animado. Pensei ‘poxa, acho que vou ficar com o celular’. Mas, no mesmo momento veio um negócio de que aquilo era errado, que tinha que devolver o celular, que eu estava precisando, mas a pessoa estava precisando mais que eu. Fui para casa esperar a pessoa ligar e quando ligasse ia pedir para ir buscar, não queria nada em troca”, contou.
O telefone do jornalista estava caído próximo de um supermercado da Avenida Antônio da Rocha Viana. Ele tinha saído de um treino de crossfit e resolveu olhar se a esposa tinha mandado mensagem. Após isso, Tácio de Brito colocou o telefone em cima do carro enquanto bebia água e depois saiu sem lembrar do aparelho.
“Minha esposa está grávida e é uma gravidez de risco. Olhei o telefone, ela não tinha mandado nenhuma mensagem, tomei água, entrei no carro e saí para buscá-la no médico. Quando saí do estacionamento ouvi um barulho, mas achei que era de uma mala que a gente carrega”, relembrou.
O jornalista conta também que no aparelho perdido havia um contato muito importante, que seria usado para encerrar uma pendência financeira. “É uma situação que uma seguradora que não me pagou e tinha conseguido o contato direto da pessoa responsável. Estou passando por dificuldades financeiras e ali ia perder o contato”, frisou.