O uso de laranjas para desviar recursos do fundo eleitoral na campanha de 2018, pode ser investigado á fundo no Acre.
O procurado eleitoral do Tribunal Regional Eleitoral (TRE-AC), Fernando José Piazenski não descarta abertura de investigação para apurar as denuncias que tem como principal acusado, o deputado federal reeleito Alan Rick, do Democratas.
Mas a abertura de uma ação de investigação eleitoral depende do aparecimento de indícios ou irregularidades na prestação de contas do parlamentar, já aprovada pela corte eleitoral do Acre.
” Aparecendo um indício, um fato robusto que justifique uma investigação, pode-se apurar. Mas é preciso que alguém apresente esses fatos, disse Piazenski.
O Procurador observa que a justiça precisa ser provocada para agir, ou seja, a abertura de uma investigação depende da apresentação de fatos novos, uma vez uma vez que a prestação de contas do deputado citado como beneficiado no esquema, foi analisada e aprovada pelo TRE.
No entanto, o próprio procurador disse ter notado “fatos curiosos” na prestação de contas de Alan Rick e da policial militar Sônia de Fátima Silva Alves, candidata que segundo a denuncia divulgada pelo jornal Folha de São Paulo, teria atuado como “laranja” para fazer chegar ao de deputado, o dinheiro que recebeu do fundo partidário.
De acordo com o que foi publicado pelo jornal paulista, Sônia recebeu R$ 279 mil do fundo eleitoral e repassou 16% para Alan Rick.
Quatro eleitos são investigados
O Procurador confirmou que quatro eleitos na última eleição enfrentam processos que foram abertos a partir de ações propostas pelo Ministério Público Eleitoral.
Os deputados estaduais Josa da Farmácia, Galegario e Doutora Juliana, além do deputado federal Manuel Marcos. Juliana e Manoel foram presos durante operação da Polícia Federal, mas conseguiram um habeas corpus e assumiram os mandatos.
Josa da Farmácia, que tem reduto eleitoral em Cruzeiro do Sul ainda não teve o processo concluso. Ele declarou á justiça eleitoral não possuir bens nem valores, mas doou R$ 47 para sua própria campanha. A justiça eleitoral quer saber de onde ele tirou esse dinheiro, já que declarou não possuir nenhum recurso financeiro.
Calegario já foi condenado por crime eleitoral, mas vai recorrer da sentença.