Preço do botijão de gás aumenta, mas distribuidoras ‘seguram’ o valor

O preço do gás liquefeito de petróleo (GLP) – o conhecido gás de cozinha – nas refinarias da Petrobras, o valor permanece inalterado em Rio Branco até o momento. Distribuidoras consultadas informaram que, apesar do aumento nas refinarias, o reajuste não foi repassado para o consumidor final. O valor do botijão de gás de 13 kg oscila, nos diversos pontos de revenda da Capital, entre R$ 78 e R$ 85 (este último valor é cobrado, em um determinado estabelecimento, para compras feitas com cartão de crédito).

A questão é que esses aumentos periódicos, eventualmente, acabam chegando à casa dos consumidores, bem como aos estabelecimentos comerciais. Para quem trabalha no setor de alimentação, a situação é ainda mais complicada, já que o repasse desse aumento pode acarretar prejuízos.

O aumento gera outra dificuldade, que é repassar o reajuste para a clientela. Segundo a comerciante Francisca Silva, ela acaba tendo que segurar o valor para não perder os clientes. Ela conta que se repassa o aumento, muita gente não aceita e vai atras de outro local mais em conta.

Esta é a dificuldade também de dona Gabriela Souza, que trabalha no ramo da alimentação há 25 anos, sendo 19 deles no Mercado Municipal. Ela conta que precisa repor quatro botijões por semana, o que gera um custo semanal muito alto, e diz também que não repassa o valor mais  caro para não perder clientes.

“Em uma crise dessas, se a gente aumentar o valor da comida, a pessoa não vem comprar. A gente tem que ir empurrando com a barriga”, disse.

Segundo o Sindicato Nacional das Empresas Distribuidoras de Gás Liquefeito de Petróleo (Sindigás), o preço médio do gás de cozinha no país variou entre R$ 63,53 (dez/2017) e R$ 69,35 (dez/2018).