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terça-feira, novembro 26, 2024

Mesmo com resultado negativo para doença de chagas, venda de açaí segue em queda

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A venda do açaí ainda não normalizou nos mercados de Rio Branco, mesmo após a Secretaria Municipal de Saúde anunciar que ainda não detectou nenhum caso de doença de chagas nos exames realizados.

Ao todo, foram feitos 4.150 exames na população que consumiu o açaí do mercado de Rio Branco entre novembro do ano passado e janeiro deste ano. Desses, 3.934 deram negativos e os demais ainda estão em análise, segundo o secretário de Saúde do município, Oteniel Almeida.

No dia 1º desse mês, a Secretaria de Saúde de Rio Branco chegou a fazer uma coletiva convocando a população de Rio Branco que comprou e tomou açaí dos fornecedores do Mercado Elias Mansour para que fizessem o exame de diagnóstico para a doença de chagas.

Em visita ao Mercado Elias Mansour, no Centro da capital acreana, uma equipe do Jornal do Acre 2ª edição encontrou os boxes sem açaí, cenário comum desde que produto foi apreendido e a comercialização suspensa.

Com isso, os comerciantes sentem no bolso os prejuízos. Foi o caso da comerciante Idevânia Ferreira, que vende açaí há quatro anos e chegava a faturar R$ 300 por semana só com a venda da fruta. Um dinheiro que faz muita falta.

“Prejudicou bastante. A gente tem que se virar para vender outros produtos, já que o açaí é o carro chefe da gente. O prejuízo é grande porque final do mês tem conta para pagar, e a diferença que faz a falta do açaí”, lamentou.

Preocupação

A realidade que se vê tanto no Mercado Elias Mansour como dos comerciantes que vendem o produto próximo ao mercado são máquinas paradas e vários boletos para pagar. Uma situação que preocupa quem depende do açaí para sobreviver.

O comerciante Genival Rebouças contou que está regularizado e tem a documentação para a venda, mas necessita do laudo da Saúde para voltar a trabalhar.

“É como fala no velho ditado, ‘tô vendendo o almoço pra comprar a janta’ porque não dá para se segurar até que resolvam nosso problema, já que tenho todos documentos, mas estou pagando por todos”, frisou.

A estudante Emillen Anute diz que adora açaí, porém, continua receosa em tomar a bebida, mesmo com os resultados divulgados pela Saúde.

“Estamos preocupados, não estou tomando. Estou esperando mais um tempinho. A gente pede mais fiscalização para proteger a população”, cobrou.

Otimismo

Apesar do cenário, há alguns vendedores otimistas e acreditam que a situação deva voltar ao normal o mais breve possível. “Ah, creio que vai voltar, porque o açaí é da região e gostam”, afirmou o comerciante Elessandro Sales.

Com informações do Portal G1.
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