Mães e pais reclamam de como governo conduz criação de Escola Militar em Cruzeiro do Sul

Após o governador Gladson Cameli anunciar a criação de uma Colégio Militar em Cruzeiro do Sul, onde hoje é a Escola Anselmo Maia, o governo do Estado está determinando a transferência destes alunos para regiões distantes. Na manhã desta quinta-feira, 14, mães e pais dos alunos foram até a Câmara Municipal da cidade para reclamarem de como está sendo feita a condução das novas matrículas.

“Queríamos tempo para nos organizarmos e decidirmos onde colocar nossos filhos, no próximo ano teríamos como procurar onde colocar eles. Somente isso”, afirmou Rosângela de Freitas, uma das mães que exigem providências do governo. “Inclusive, o governador desceu lá e disse que poderia até retardar a implementação do Colégio Militar, teríamos uma conversa”, reafirmou Rosângela 

A mãe explica que até o momento não teve nenhum diálogo, não apareceu nenhum representante da Secretaria de Educação do Estado (SEE). Edvaldo Gomes, presidente do Sinteac, Núcleo de Cruzeiro do Sul, reafirmou a preocupação da comunidade, apontando ainda que nem os professores estavam sabendo da implementação da nova modalidade de escola no local. 

“Está claro que a comunidade não está contra o Colégio Militar. O que não está correto é como foi feita esta implantação, sequer, por exemplos, os professores sabiam desta implantação. Nós tivemos outros exemplos de como poderia ter sido feita, como no caso da criação da Escola de Ensino em Tempo Integral, na Craveiro Costa, que levou um ano de debate e mesmo assim tiveram coisas a serem corrigidas”, explicou Gomes. 

O vereador Romário Tavares (MDB) explicou que a posição da Casa agora é ouvir as partes e em seguida tomar um encaminhamento, montando comissão que irá representar o poder legislativo municipal neste debate.