Ele passará por audiência de custódia no Fórum de São Bernardo do Campo nesta tarde.
No boletim, registrado no 1° Distrito Policial de São Bernardo do Campo, os policiais escreveram o nome do rapaz e o chamaram de “vulgo ladrão e vacilão” no documento.
Questionou a Secretaria da Segurança Pública (SSP) sobre tal postura e aguarda retorno.
Em março de 2018, o jovem foi preso em flagrante por furtar desodorantes de um supermercado em Mairiporã, na Grande São Paulo. Na ocasião, a fiança de R$ 1 mil foi paga, e ele respondia ao crime em liberdade.
O rapaz sofre com problemas de dependência química e chegou a ser internado por 16 meses.
No final do ano passado, deixou a clínica onde fez o tratamento contra vício de crack e álcool após receber alta. No local, ele também realizou sessões para remover a tatuagem.
“Ele estava internado de forma voluntária, já tem mais de 18 anos e pode tomar as próprias decisões, ele não estava mais aderindo ao tratamento”, disse a psicóloga Marcela Abrahao da Silveira, coordenadora da clínica Grand House, responsável pelo tratamento do jovem em entrevista em outubro de 2018.
Em julho de 2017, o menino, então com 17 anos, teve a testa tatuada com a frase “eu sou ladrão e vacilão”.
Os responsáveis pelo crime, o tatuador Maycon Wesley Carvalho dos Reis, 27 anos, e Ronildo Moreira de Araújo, 29 anos, foram condenados e cumprem pena em regime aberto.
À época, à polícia, eles alegaram que resolveram tatuar a testa do adolescente “como forma de punição” porque ele teria tentando furtar uma bicicleta na região. Eles filmaram o jovem sendo torturado. O menino negou ter tentado cometer o furto.
A tatuagem foi filmada com o celular de Maycon, e compartilhada pelo Whatsapp. Na ocasião, o vídeo viralizou rapidamente.