O presidente da Assembleia Nacional da Venezuela Juan Guaidó, que se autoproclamou presidente interino do país, apelou para que o exército abra oportunidades para mudanças no país e deu aos militares um prazo de oito dias para fazê-lo.
“O dia 23 de fevereiro está se aproximando, senhores das Forças Armadas. É uma data muito importante para a sociedade venezuelana não apenas porque temos a possibilidade de parar a situação de emergência, que hoje em dia mata diretamente e indiretamente, mas que também se abram as portas à mudança na Venezuela”, afirmou.
“Têm a possibilidade, oito dias, para passar para o lado da Constituição”, acrescentou Guaidó no decorrer do fórum Indústria Petroleira Nacional: Estratégia e Perspectivas.
Anteriormente, Juan Guaidó afirmou que em 23 de fevereiro se iniciariam as entregas da ajuda humanitária para a Venezuela, que no momento está sendo concentrada na Colômbia e no Brasil, e que o governo de Nicolás Maduro recusa categoricamente deixar entrar no país.
Segundo o líder da oposição venezuelana, para combater a pobreza é preciso acabar com a usurpação de poder que, de acordo com ele, existe na Venezuela por parte de Maduro.
“Hoje em dia a ação da Constituição foi capturada por um pequeno grupo de pessoas […] O fim de usurpação é o fim da pobreza, da miséria, da corrupção […] Para que nunca mais a PDVSA seja usada para controlar os cidadãos. Eles [as autoridades] criaram a corrupção, miséria, fome, ditadura”, afirmou Guaidó.
Depois de se autoproclamar como chefe de Estado interino, Juan Guaidó foi apoiado pelo governo dos Estados Unidos e também pelo Brasil, Argentina e Colômbia, entre outros países. Já Maduro, reeleito em 2018, é considerado o presidente legítimo da Venezuela por tais países como a Rússia, Turquia, México, Uruguai e China.