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segunda-feira, novembro 25, 2024

Cheia do Rio Juruá já afeta 4 mil famílias no interior do AC; duas estão em abrigo

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O número de famílias que tiveram que ser retiradas dos bairros alagados, em Cruzeiro do Sul, interior do Acre, chegou a oito na manhã desta quarta-feira (6). A Defesa Civil já tinha removido os moradores de uma casa do bairro da Várzea na manhã de terça-feira (5) e, nesta quarta, teve que retirar os moradores de mais sete casas de outros bairros.

Com o nível de 13,48 metros, no início desta manhã, a água do Juruá, que transbordou ao atingir 13 metros no último final de semana, já afeta sete comunidades e bairros da segunda maior cidade do Acre.

Os bairros Lagoa, Miritizal, Boca do Moa, Cruzeirinho, Olivença, Várzea e a comunidade Florianópolis, estão com a maioria das casas com água cobrindo o assoalho.

Para dar assistência às famílias, a prefeitura montou um ponto de atendimento no porto da cidade onde recebe a solicitação de socorro. A família de João Crisóstomo Neto, que mora no bairro Cruzeirinho, teve a casa alagada e solicitou o apoio da Defesa Civil.

“Já cobriu o assoalho e não dá mais para ficar. Algumas coisas já molharam por baixo, não deu para estragar, mas ficaram molhadas. A situação fica complicada”, lamentou Neto, que decidiu levar a mulher e os quatro filhos para um abrigo montado pela prefeitura em um ginásio poliesportivo.

A mulher dele disse que é a segunda vez que a família tem que deixar a casa por conta da cheia do rio. “É uma situação muito triste. Espero ficar o mínimo de tempo possível no abrigo”, disse Maria Gorete.

Além da família de Neto, mais uma família já está no abrigo montado pela prefeitura. Outras cinco foram para casa de familiares e mais uma vai ficar por conta de aluguel social até a vazante do rio.

Nesta quarta, o governador Gladson Cameli e o prefeito em exercício, Zequinha Lima, fizeram uma vistoria nas áreas afetadas pela enchente. De acordo com as autoridades, a previsão é que o nível do rio continue subindo nos próximos dias e, se alcançar a cota de 13,65 metros, será decretado estado de emergência.

Segundo a Defesa Civil, mais de 4 mil famílias já estão afetadas pela alagação nas comunidades mais baixas da cidade. A comunidade e os bairros alagados tiveram o fornecimento de energia elétrica suspenso para evitar riscos para os moradores.

Nessas comunidades, mais de duas mil famílias estão sem energia elétrica. No momento já são 31 moradores que estão fora de suas casas na segunda maior cidade acreana.

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