Adolescente que se feriu após banheiro desabar durante banho tem morte cerebral

A estudante Ana Graziele da Silva, de 17 anos, teve morte cerebral atestada pelos médicos e respira com ajuda de aparelhos. Segundo a família, os médicos que cuidam da jovem afirmaram que o quadro de saúde dela é gravíssimo, mesmo assim, os familiares ainda não perderam as esperanças que ela se recupere.

Ana estava tomando banho, na tarde de terça feira (29), quando a estrutura de alvenaria do banheiro nos fundos da casa de sua família desabou. Ela foi atingida pelas paredes e só escapou porque não foi atingida pela laje, nem pela caixa d’água, que ficava sobre o banheiro. A garota ficou em estado grave.

De acordo com o namorado de Ana, o professor Ralide Mourão, o quadro de saúde da estudante, que já era complicado desde o momento em que passou por uma cirurgia na terça, após ser atingida pelas paredes do banheiro, ficou ainda mais complicado nesta sexta (1º).

Mourão disse que os médicos chamaram a família para informar que Ana teve morte encefálica e que a recuperação dela se tornou mais difícil.

“Os médicos nos confirmaram essa informação, mas acreditamos que não é de uma forma precisa, até porque na cidade não tem equipamentos para fazer os exames que atestam a morte encefálica, nem neurocirurgião. Queremos até fazer uma apelo, Cruzeiro do Sul precisa de um neurocirurgião, pois não tem nenhum no Hospital do Juruá”, disse o namorado de Ana.

Mesmo com as informações dos médicos, os familiares da estudante afirmam que não vão pedir para desligar os aparelhos que ajudam a mantê-la respirando.

“Enquanto ela estiver respirando, estamos juntos com ela acreditando em um milagre. Entregamos nas mãos de Deus e sabemos que ela tem um propósito e vai voltar para mostrar que teve um milagre na vida dela”, acredita Mourão.

A jovem chegou ao Pronto-Socorro consciente, mas teve que passar por uma cirurgia em um braço que sofreu uma fratura e foi direto para a UTI depois que saiu do centro cirúrgico. Ana também bateu a cabeça e teve um corte na cabeça.

Por Mazinho Rogério